Diageo enfrenta inflação na Europa com estratégias da América Latina

A inflação continua a fazer-se sentir a nível global, alcançando o ponto mais alto dos últimos 29 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas Britânico. A subida de preços chegou, em Fevereiro, aos 6,2% e o pior ainda está para vir, garante esta entidade. Face a este cenário, as marcas terão pela frente o desafio de lidar com os custos mais elevados, ao mesmo tempo que os consumidores têm menos dinheiro para gastar.

Embora no Reino Unido e na Europa este tipo de inflação não se verifique há algum tempo, o mesmo não se pode dizer de outras partes do mundo, garante Cristina Diezhandino, CMO da fabricante de bebidas Diageo, citada pela MarketingWeek.

Enquanto marca global, a Diageo consegue perceber o que já funcionou para a empresa durante fases de elevada inflação noutras regiões como a América Latina e aplicar essas medidas à actual situação europeia. Segundo a profissional, é mais provável os consumidores aceitarem a subida de preços vinda de marcas consideradas premium, porque já são vistas como “especiais”.

«O facto de os consumidores sentirem que vale a pena pagar mais pelos produtos de uma marca vai dar muito jeito», comenta Cristina Diezhandino. No caso da Diageo, o portefólio conta com insígnias como a Guinness (fundada em 1759) e a Johnnie Walkers (fundada em 1820).

As parcerias, o digital e as lojas online apresentam-se, nesta fase, também como uma forma de colmatar a redução de vendas que se avizinha, proporcionando aos clientes experiências diferentes e inovadoras, que podem fidelizar consumidores e expandir a actuação das marcas para outras partes do mundo.

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