Desinfecção é a nova estrela da comunicação: marcas buscam a confiança do público
Metropolitano de Lisboa e do Porto, CTT, INEM, Millennium bcp, Siemens, Bosch, CP, ANA – Aeroportos de Portugal ou Prio são apenas algumas das empresas que contam com o apoio da Zoono no desenho das respectivas estratégias de desinfecção. Numa altura em que limpar e desinfectar são palavras que fazem parte do dia-a-dia, há que garantir também que são acções e não somente recomendações.
«Somos um parceiro relevante na criação de condições para que as pessoas que contactam com as marcas – sejam elas colaboradores, fornecedores ou mesmo clientes – se sintam seguras», conta Miguel Alves, CEO da Zoono Ibéria. Em entrevista à Marketeer, o responsável explica que garantir a redução dos riscos de contágio de COVID-19 permite transmitir a confiança necessária para que os negócios recuperem e que a economia se resconstrua.
Miguel Alves sublinha ainda como as mensagens de sensibilização têm sido bem amplificadas, tanto para o público em geral como para as empresas. Porém, há diferenças a assinalar: no primeiro caso, a aposta tem passado por uma comunicação mais transversal; no segundo, verifica-se uma abordagem mais directa e incisiva.
Há negócios ou sectores mais difíceis de preparar para esta nova realidade do que outros?
De uma maneira geral, aquilo a que temos assistido é a uma grande receptividade por parte de empresas de todos os sectores na implementação das medidas que acompanham a nova realidade, bem como das orientações que já existem para as várias actividades.
Esta retoma é desafiante para todas as organizações e observamos que há um grupo considerável de empresas a definir protocolos e planos de minimização de riscos que envolvem o reforço das políticas de higienização e desinfecção, em que a integração do Microbe Shield Z-71 da Zoono tem sido uma peça relevante, explorando a eficácia sobre as superfícies e a durabilidade fruto do seu efeito residual.
Os transportes e outros serviços vitais, pelo facto de não terem interrompido operação, foram dos primeiros a integrar esta solução nas suas estratégias, mas também a indústria, entidades de apoio social e de saúde, que viram na mitigação dos riscos de contágio uma prioridade para os seus utentes e funcionários.
As empresas têm estado a identificar os aspectos de risco e a definir planos e regras para um novo funcionamento, na preparação do regresso progressivo aos escritórios. Neste âmbito, têm actuado em várias vertentes: desde novos layouts e barreiras que permitam manter o distanciamento entre as pessoas à definição de práticas de rotatividade de equipas nas presenças no escritório, passando pela utilização de equipamentos de protecção individual (ex: máscaras de protecção), de higienização repetida das mãos ao longo do dia e de novas rotinas e frequência de limpeza, higienização e desinfecção dos espaços – bem como das superfícies em que a integração de tecnologias como as que propomos, para reforço e durabilidade de todo o processo de desinfecção das superfícies, é uma peça relevante.
Quais são as principais fontes de potencial contágio?
As principais fontes de potencial contágio são as próprias pessoas e as superfícies. As pessoas devem ser orientadas de forma a manterem o distanciamento social e as superfícies devem ser analisadas pelo seu nível de utilização – maçanetas, torneiras, interruptores são superfícies muito utilizadas num escritório, por exemplo.
No caso de um transporte como o metro/estações, estas superfícies correspondem às cabines de condução dos maquinistas, assim como aos bancos, varões, pegas, vidros e outras superfícies dos salões dos passageiros.
Mudou alguma coisa na actividade da Zoono desde o início da pandemia?
A emergência pandémica do COVID-19 aumentou fortemente a procura que já existia, por isso, para a Zoono Ibéria trata-se de manter o trabalho de esclarecimento e de expansão da distribuição do produto para que a desinfecção mecânica seja integrada nas políticas de empresas em todos os verticais da economia.
Tal como já acontecia antes, a Zoono Ibéria faz a distribuição do produto de desinfecção, sendo a sua aplicação da responsabilidade das próprias empresas. Com a pandemia, reforçámos o nosso acompanhamento às empresas e, desta forma, aconselhamos e seguimos de perto para que a sua estratégia de higienização seja o mais completa possível e contemple todas as superfícies e cenários que constituam uma ameaça à saúde de colaboradores e clientes.
De que forma a actividade da Zoono contribui para a recuperação económica das marcas com que trabalham?
Somos um parceiro relevante na criação de condições para que as pessoas que contactam com as marcas – sejam elas colaboradores, fornecedores ou mesmo clientes – se sintam seguras. Ao garantirmos a mitigação de riscos de contágio com manobras de desinfecção, transmitimos a confiança que é necessária para que os negócios prossigam e a economia se reconstrua.
Para o conseguirmos, temos investido no estabelecimento de parcerias que nos permitem trabalhar sectorialmente, ao lado daqueles que melhor conhecem as especificidades de verticais como a restauração, o turismo, a indústria ou mesmo a distribuição e logística. Neste âmbito, os acordos que estabelecemos com a Fonte Viva, o Grupo Bensaúde (nos Açores), a Mavipp (na Madeira) e a Advanced Products Portugal são exemplos daquela que tem sido a nossa actuação directamente junto dos empresários e dos seus mercados.
Estamos também a concluir uma ferramenta que achamos que vai ajudar bastante os pequenos e médios negócios, no formato de um protocolo geral de segurança, com as linhas principais de actuação que podem depois merecer especificação por sector de actividade. Associada a este protocolo está a emissão de selos de certificação, que vão destacar as empresas e informar o público sobre quais as regras seguidas e o nível de segurança garantido.
Consideram que a importância e necessidade de desinfecção dos espaços tem sido bem comunicada? Ou o foco, no geral, tem ido mais para a desinfecção das mãos, por exemplo?
Ambas as mensagens têm sido passadas, se bem que, em termos de comunicação das autoridades nacionais de saúde, o que faz mais sentido é dirigi-las à população em geral, daí a repetição da mensagem sobre a importância de lavarmos e desinfectarmos as mãos com maior regularidade.
A comunicação para as empresas tem sido realizada de forma mais directa – muitas prepararam a sua reabertura seguindo as indicações das autoridades, que nem sempre foram divulgadas junto do resto da população. O que vemos é que as próprias empresas sentem a necessidade de dar visibilidade aos seus mecanismos de protecção para transmitir mais confiança a colaboradores, clientes e outras entidades com quem se relacionem. Daí ter havido tanta visibilidade sobre as práticas dos restaurantes – só desta forma é que se instalaria a confiança necessária num consumidor para voltar a comer fora.
A transposição das medidas de higiene e desinfecção individuais para o contexto dos negócios foi muito rápida, advinda da consciencialização das marcas para uma realidade que, não podendo ser ultrapassada no imediato, tem de ser mitigada ao máximo, procurando que este período possa passar rapidamente e com o maior conforto de todos.
Há alguma área de negócio ou sector com que não trabalhem ainda mas para a qual achem que faz sentido pensar numa estratégia de desinfecção?
Temos como objectivo trabalhar com todos os sectores da economia – instituições de educação, restauração, alojamento local, entre outros – e fazer chegar a Zoono à totalidade do território nacional – continente e ilhas.
Além das áreas que já trabalhamos, estamos também a fazer um trabalho de sensibilização junto de estabelecimentos desportivos, por exemplo. A reabertura de ginásios e campos de modalidades acarreta alguns perigos que podem ser mitigados com uma estratégia integrada.
A loja online e a entrada da nossa tecnologia no canal retalho têm ajudado a garantir que as casas dos consumidores e as pequenas e médias empresas portuguesas estão melhor preparadas para a reabertura da actividade.
Os efeitos desta pandemia estão a fazer-se sentir transversalmente e, no limite, todas as áreas de negócio deverão implementar políticas integradas de desinfecção que contemplem, não só as orientações da Direcção-Geral de Saúde para as várias actividades, como as inovações tecnológicas disponíveis para ajudar a mitigar o risco, por isso, temos caminho para trilhar num raio muito abrangente.
Texto de Filipa Almeida