Democratização dos dados (e não só). Estas são as tendências digitais para 2022
A necessidade de digitalização dos negócios aumentou nos últimos dois anos devido ao impacto generalizado da pandemia. O estudo “Tendências Deep Digital Business 2022”, elaborado pela Unidade Deep Digital Business da LLYC, prevê que, em 2022, se assista à consolidação e universalização de algumas tendências que começaram a surgir nos tempos mais recentes – seja um grande impulso no desenvolvimento e na aplicação de novas tecnologias nos negócios, seja no marketing e na comunicação.
«Devido às circunstâncias excepcionais que vivemos nos últimos dois anos, nós, enquanto sociedade, demos passos gigantescos na adopção de uma consciência digital que, normalmente, teria demorado mais tempo a adquirir. Isto fará com que a transformação digital acelere a cada dia que passa, pelo que prevemos um 2022 em que assistiremos a grandes disrupções nesta área», refere, em comunicado, Marlene Gaspar, directora sénior de Engagement e Deep Digital Business da LLYC em Portugal.
O relatório identifica 10 dos principais aspectos que marcarão a transformação digital de empresas e instituições este ano:
- IA para as boas relações: Tecnologias como o processamento da linguagem natural, o reconhecimento de imagens ou áudio, combinadas com a visualização de dados permitem estruturar, analisar e visualizar insights e motivações dos vários stakeholders.
- Democratização dos dados: As culturas data-driven vão ser cada vez mais valorizadas nas organizações que passarão a ter o mantra de que “a melhor forma de fazer bem o seu trabalho é fazer uso da informação que é gerada pelas equipas de intelligence”.
- No cookies, no party: Estão a emergir outros modelos de informação sem recurso a cookies, formas mais transparentes e “limpas”. Assim, as marcas apostam cada vez mais na construção de uma first party data que permite conhecer melhor as suas audiências.
- Imersão no futuro: Estamos a poucos anos de nos mudarmos massivamente para o metaverso: os dispositivos de realidade virtual e realidade aumentada farão parte da nossa vida até 2030, quebrando todas as barreiras entre o que é a realidade e o virtual.
- Da era digital à era quântica: A computação quântica possibilitará processar um volume enorme de informações a uma velocidade exponencial e serão sistemas complexos e especializados que passarão a estar presentes em contextos científicos, tecnológicos e até corporativos.
- Públicos fluídos: Estamos a deixar de segmentar a audiência por idade ou género para passar a analisá-la de acordo com o comportamento e a comunidade a que pertence naquele momento – uma caracterização fluída, em experimentação constante.
- As arquitecturas multi cloud: Actualmente, o serviço cloud é muito mais que o armazenamento de informação – é um dos principais aliados das equipas tecnológicas para quebrar barreiras à capacidade de intelligence das empresas.
- O momento do marketing inclusivo: A inclusão é um fosso à escala global – não apenas na esfera digital. Numa sociedade onde a diversidade parece não ter lugar, o marketing inclusivo surge para pensar em todas as pessoas e não apenas na maioria. É no todo que a diversidade está incluída.
- A tecnologia no (e para o) talento: Transformar o talento tecnológico dentro das empresas não só é mais vantajoso, como também é mais saudável para a cultura corporativa de uma empresa. A IA permitirá personalizar a formação adaptada a cada colaborador.
- Deep digital leadership: A verdadeira transformação digital não é apenas ao nível das ferramentas e tecnologias – envolve mudanças culturais e estratégicas profundas. A transformação digital exige líderes digitais que pensam, agem e reagem de forma diferente.