Delta Cafés: A valorização da cultura do café

O café é o catalisador, mas a missão da Delta Cafés vai para além da sua produção. Sendo a responsabilidade social uma das prioridades e um dos grandes pilares da estratégia do Grupo Nabeiro, 2023 foi um ano em que acções como a presidência da International Coffee Partners (ICP), a produção do primeiro café português produzido nos Açores e a celebração dos 25 anos da Angonabeiro contribuíram largamente para o sucesso deste compromisso com a comunidade do café, o meio ambiente e todos os stakeholders.

Tendo como compromisso poder contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade, apoiando as comunidades e contribuindo para uma maior consciencialização social, ambiental e económica, a Delta Cafés é uma das oito famílias europeias mais relevantes no contexto do café e, nesse sentido, o ano de 2023 fica igualmente marcado pela presidência de Rui Miguel Nabeiro da International Coffee Partners (ICP), uma das organizações que tem investido mais activamente no apoio e formação de pequenos produtores de café.

Sucedendo a Kathrine Löfberg, presidente do Conselho de Administração da Löfbergs, uma empresa sueca de torra e comercialização de café, o CEO do Grupo Nabeiro – Delta Cafés assumiu a gestão da organização sem fins lucrativos que, desde a sua fundação em 2001, já tocou mais de 110 mil famílias.

Focada no apoio a estas comunidades de pequenos produtores de café, espalhadas por 13 países, a ICP tem contribuído significativamente para melhorar a qualidade de vida destes produtores, tornando-os mais competitivos e dotando-os de práticas sustentáveis. Na responsável missão de prosseguir com o trabalho desenvolvido até então, o Grupo Nabeiro – Delta Cafés, na pessoa de Rui Miguel Nabeiro, apostará nas gerações mais jovens e na resposta às alterações climáticas, procurando dar solução ao desafio da migração dos jovens das áreas rurais para as grandes cidades, o incontornável desafio climático, assim como o reforço das parcerias estratégicas que colaborem para a sustentabilidade e viabilidade do sector do café. «O nosso objectivo é dotar os mais jovens de ferramentas que lhes permitam explorar a agricultura e o café como pilares da sua subsistência», adiantou o actual presidente da International Coffee Partners.

Esperando colaborar, com a sua experiência e know-how, para um sector cafeeiro sustentável, mais equilibrado e igualitário em países estratégicos, esta parceria permite ao Grupo Nabeiro contribuir colectivamente para a implementação de melhores práticas em comunidades de pequenos produtores de café, oferecendo-lhes a possibilidade de conseguirem ter uma vida melhor e mais justa, assim como a capacidade e resiliência para se adaptarem aos diversos reptos que enfrentam em muitas destas comunidades: pobreza, falta de condições de subsistência ou de oportunidades para as camadas mais jovens.

Numa visão holística de um ciclo que não implica apenas o café, esta missão permite ao Grupo Nabeiro e a todas as restantes famílias viabilizar um contexto social e económico que inclui não apenas as gerações mais novas e actividades fora da exploração cafeeira, mas também a própria natureza e questões profundas culturais.

PRIMEIRO CAFÉ PORTUGUÊS DOS AÇORES

A cooperação entre a Delta Cafés, a APAC e o Governo Regional dos Açores teve início em 2019 e desde então tem desenvolvido um trabalho de diagnóstico, avaliação, aconselhamento técnico e melhoria de todos os aspectos envolvidos na produção, transformação e comercialização de café. Atestada a viabilidade e o potencial da região para a produção de café, a Delta Cafés assinou, em Novembro de 2023, o Protocolo para Experimentação de Novas Variedades de Café na Região Autónoma dos Açores, que irá permitir o desenvolvimento futuro do café neste território, acelerando a sua produtividade, qualidade e viabilidade económica.

Um acordo que conta com a participação do presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, do presidente da Associação de Produtores Açorianos de Café (APAC), Luís Espínola, e de Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro – Delta Cafés. Numa parceria que tem a duração de oito anos, este acordo formaliza o compromisso das três entidades na implementação das acções estratégicas que permitem desenvolver, de forma sustentável, a cadeia produtiva do café nos Açores, por via da experimentação e selecção de novas variedades de café na região, permitindo uma maior e melhor produtividade agregadora de valor à produção agrícola regional.

Dividido em sete fases, o protocolo inclui o planeamento do estudo experimental nos diferentes campos para a introdução de novas variedades de café e a capacitação, aconselhamento e apoio técnico aos produtores, sempre valorizando a proximidade com a comunidade local.

Para apoiar a iniciativa, foram já promovidas sessões de “Desenvolvimento da Cultura do Café”, na ilha Terceira e na ilha de São Miguel, que abordaram as tendências de consumo e as perspectivas futuras do mercado internacional de café, o enquadramento actual da produção do arquipélago e os seus objectivos de desenvolvimento, assim como a identificação de oportunidades da cafeicultura nos Açores. Como missão maior, este protocolo procura responder ao interesse que a produção de café tem suscitado, visando criar as condições para certificar a região como a primeira produtora de café na Europa.

Como resultado, no passado mês de Outubro, a Delta Cafés anunciou o lançamento do primeiro lote de café dos Açores, já disponível, em exclusivo e edição limitada, nas lojas Delta The Coffee House Experience. Este novo lote tem como principal objectivo promover e dar a conhecer o café dos Açores, difundir conhecimento sobre esta cultura e responder ao interesse que a sua produção tem suscitado, apoiando, dessa forma, os produtores açorianos de café e contribuindo fortemente para a economia local. «É com orgulho que a Delta apresenta o primeiro café português, resultado de um trabalho contínuo de parceria. Este projecto faz parte do nosso ADN e acreditamos que vai contribuir para a criação de valor social, ambiental e económico», reforça o CEO do Grupo Nabeiro – Delta Cafés.

O reconhecimento da cultura de um café de qualidade premium, apostando precisamente na diferenciação do produto açoriano, não é apenas um investimento económico, mas também uma forma de estar ao lado da comunidade de produtores, alavancando o sucesso social, cultural e até turístico. «O facto de estarmos aqui hoje é uma forma de dizer que continuamos juntos e empenhados em criar as condições para o desenvolvimento futuro de café na região dos Açores. Com este protocolo, comprometemo-nos não apenas a manter, mas a reforçar o nosso apoio contínuo à comunidade de produtores de café», sublinha Rui Miguel Nabeiro.

Este projecto está alinhado com os valores da Delta Cafés e reflecte o compromisso da marca na promoção da qualidade, sustentabilidade e crescimento económico nas comunidades onde actua. Nesse sentido, e com o apoio da International Coffee Partners (ICP), a Delta Cafés investiu na formação e qualificação dos cafeicultores dos Açores, para perceber qual o melhor tipo de café adequado ao clima açoriano, que culminou com um estudo que foi entregue, em Maio de 2022, ao Governo Regional dos Açores e que revelava o potencial da região para a produção de café. O primeiro lote 100% dos Açores já foi lançado e o futuro promete mais novidades, nesta aposta do Grupo Nabeiro – Delta Cafés em manter a culturalidade, qualidade e sustentabilidade da sua eterna arte e paixão: o café.

HÁ 25 ANOS NO MERCADO ANGOLANO

No apoio às comunidades de produtores de café, Angola é outro dos mercados onde a empresa de Campo Maior mais tem apostado. Com sede em Luanda, a Angonabeiro foi um compromisso assumido pelo comendador Rui Nabeiro há 25 anos, quando referiu que Angola era “a razão da existência do grupo”. Numa relação fulcral para o Grupo Nabeiro, a Delta Cafés compra anualmente 1400 toneladas de café em Angola, tendo já apoiado cerca de 40 mil famílias de camponeses, que têm na produção e comercialização do café a sua fonte de rendimento.

Em 2023, na celebração dos 25 anos da Angonabeiro, Rui Miguel Nabeiro assumiu o reforço do compromisso do Grupo Nabeiro com Angola, um mercado que consideram estratégico para o crescimento e consistência do grupo, que tem como grande ambição chegar ao Top 10 das marcas de café do mundo. Destacando a importância de Angola na história do grupo, a Angonabeiro, empresa líder no mercado de cafés torrados em Angola, opera no país desde 1998 e é hoje um parceiro incontornável do Grupo Nabeiro – Delta Cafés. Rui Miguel Nabeiro considera que Luanda é uma segunda casa, depois de Campo Maior, em Portugal, e um dos principais desafios da empresa para os próximos anos é precisamente a revitalização da fileira do café robusta de Angola e a garantia de que os agricultores não abandonam as suas terras e continuam a produzir café.

Para que isso aconteça, a política de proximidade com as comunidades e famílias locais de produtores de café é fundamental, assim como o apoio logístico, a formação e ajuda para que não desistam e que para todos os anos tenham mais produção e acesso a um preço justo do seu café.

Das 1400 toneladas de café comprado a Angola, o Grupo Nabeiro exporta 1000 toneladas. Nesse sentido, o grupo espera que a Angonabeiro possa ser um contributo decisivo para o desafio da diversificação económica de Angola, contando actualmente com cerca de 120 trabalhadores, sendo que 95% da força de trabalho são quadros angolanos.

Numa placa inaugurada durante a celebração dos 25 anos da Angonabeiro, em homenagem ao comendador Rui Nabeiro, fundador da Delta Cafés, a mensagem da mesma reflecte o papel da empresa de Rio Maior em tudo o que tem feito em prol de um mundo melhor: “Se todos quiséssemos, o mundo seria maravilhoso. O mundo seria extraordinário.”

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Sustentabilidade e Responsabilidade Social”, publicado na edição de Dezembro (n.º 329) da Marketeer.

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