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Deloitte pede a consultores do governo dos EUA que removam pronomes de género de e-mails
A Deloitte dos EUA está a ajustar as suas práticas para cumprir novas diretrizes governamentais impostas por Donald Trump. Nesse sentido, está a solicitar aos seus consultores – que têm contratos com o Governo – que removam pronomes de género das assinaturas de e-mail. Além disso, a consultora decidiu acabar com os seus programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), num movimento que reflete mudanças no panorama político após a eleição de Donald Trump.
Em sentido contrário está a Deloitte do Reino Unido que se recusa a alinhar com as políticas de Trump, seguidas agora pelos escritórios da Deloitte nos EUA, reiterando o seu compromisso com as metas de diversidade.
O chefe do gabinete britânico informou recentemente os trabalhadores de que não seguirá o seu homólogo americano, que eliminou os objetivos de DEI, defendendo que estes continuarão a ser uma prioridade.
Num memorando a que o The Telegraph teve acesso, e que noticiou esta terça-feira, Richard Houston procurou tranquilizar os funcionários, afirmando que o escritório do Reino Unido permanecerá “comprometido com os objetivos de diversidade” e “continuará a reportar anualmente sobre o progresso na inclusão”.
De acordo com fontes próximas citadas pelo Financial Times, a Deloitte dos EUA enviou um e-mail na semana passada aos colaboradores do seu setor de serviços governamentais e públicos, solicitando que ajustassem as assinaturas dos seus e-mails de modo a “alinharem-se com as práticas e requisitos emergentes dos clientes governamentais”.
Num segundo comunicado interno, a empresa anunciou que iria descontinuar as suas metas de diversidade, o seu relatório anual de DEI e os programas internos relacionados com o tema.
A Deloitte US junta-se assim a outras grandes corporações, como a Accenture, também justificando a decisão com a necessidade de reavaliar o novo contexto político norte-americano.
Recorde-se que Donald Trump assinou uma ordem executiva em janeiro, que instrui agências federais a remover referências à chamada “ideologia de género” das suas comunicações. Embora a medida não obrigue diretamente empresas privadas a alterar as suas práticas, exige que os contratos federais sejam analisados para garantir que não promovem essa ideologia.