Uma solução à medida dos clientes
MARKETEER CONTENTSA insurcloud é uma solução que pretende acelerar a disponibilização de uma arquitectura global de sistemas de informação a seguradoras. trata-se de uma solução taylor-made, da deloitte para as seguradoras e destas para os seus clientes, que proporciona uma experiência mais personalizada e adaptada às exigências do mercado
A indústria seguradora deixou de ser atractiva para alguns consumidores. Isto porque, historicamente, acabam por comprar apólices de seguros com coberturas que não precisam, contemplando períodos de vigência que também não precisam, e por intermédio de uma experiência de cliente que não é apelativa. Tudo isto leva a que os clientes não tenham empatia com as seguradoras. «Esta situação obrigou as companhias de seguros a pensar noutra abordagem: possibilitar que os seus clientes tenham acesso apenas aos serviços que precisam, quando precisam e que o processo de aquisição de um seguro seja uma experiência agradável.
Este conjunto de capacidades está intimamente dependente da flexibilidade e capacidade de resposta dos sistemas de informação de suporte. Um exemplo que algumas companhias já estão a seguir é o da aquisição de apólices de seguros, que permitem cobrir um conjunto de questões, por um período de tempo muito específico», explica Pedro Maldonado Lopes, sócio da Deloitte.
O responsável refere que, no futuro, todas as companhias vão ter de disponibilizar seguros desta forma, o que obrigará a uma mudança, não só ao nível de processos e estratégias de venda, como também com consequências profundas ao nível dos sistemas de informação nucleares da companhia. Perante este cenário, a Deloitte Portugal, em colaboração com a Deloitte Canadá, criou a InsurCloud, uma solução que visa responder a todas estas questões.
O resultado foi uma solução baseada num software já existente (Guidewire), com o hosting da Amazon Web Services. «Conseguimos criar um sistema que permite ser aplicado a um determinado mercado. Estas soluções de software base não vêm adaptadas aos mercados, pois as empresas de software têm como objectivo vender para todo o mundo.
Quando uma companhia de seguros tem acesso a estes softwares, necessita de um trabalho de adaptação dos mesmos ao negócio local de cada mercado», explica Pedro Maldonado Lopes. Foi, então, criada uma solução perfeitamente adequada ao mercado canadiano, criando um conjunto de funcionalidades standard para aquele país. Fez com que fosse possível ter uma companhia de seguros “dentro de uma caixa”, pronta a funcionar.
Em termos de resultados, foi possível implementar os sistemas necessários em menos tempo, com menos risco e com um orçamento que pode ser inferior em 50% em relação ao preço dos sistemas tradicionais. Esta solução está adaptada para todo o tipo de empresas, inclusive para as de menor dimensão.
Pedro Maldonado Lopes explica que o grande custo de implementação de um sistema destes é a adaptação às necessidades de cada seguradora. Caso o cliente tenha menor capacidade de investimento, poderá optar por uma solução standard, adaptando os seus processos a esta versão base, obtendo um sistema de baixo preço.
Em caso de maior capacidade, pode utilizar a versão base como ponto de partida para as suas exigências, construindo o sistema à sua medida. «É por isso que esta solução é adaptável para empresas de qualquer dimensão», realça. Quanto a objectivos para este ano, o foco da Deloitte estará na expansão desta solução, tendo já um compromisso na América do Norte, pretendendo, agora, dar a conhecer esta abordagem no mercado português e também no angolano.
Mudança precisa-se
As companhias precisam de flexibilidade na criação de novos produtos e serviços. Precisam também de um acesso diferente aos clientes, que proporcione uma experiência que os atraia.
Os clientes deverão ter acesso directo à criação da sua apólice de seguros com capacidade de escolher, com a maior granularidade possível, o seguro pretendido, pelo tempo desejado. Isto leva a que as companhias necessitem de sistemas que respondam a estas situações. «As seguradoras sentem necessidade de ter sistemas modernos e adequados às necessidades e tendências do mercado.
A grande maioria tem sistemas que têm mais de 30 anos, incapazes de consumar esta transformação. Vêem, portanto, a necessidade de fazer a substituição das suas arquitecturas de sistemas», refere Pedro Maldonado Lopes. Apesar da necessidade de mudança, as companhias têm noção de que este é um processo longo, muito dispendioso e que acarreta um enorme risco.
No contexto financeiro em que muitas empresas estão, é um passo difícil de dar. «Nos últimos anos temos visto que as companhias estão mais predispostas à aquisição de soluções como a InsurCloud, no sentido de diminuir o risco do projecto de transformação, o preço total desta mudança e os timings de disponibilização de uma solução deste tipo.
No passado, eram projectos que duravam quatro a cinco anos, que chegavam a custar dezenas ou centenas de milhões de euros. E eram processos de alto risco, que, muitas vezes, geravam quebras na operação das empresas. Isto porque, no início, a mudança de sistema gera erros, problemas derivados da adopção de um novo sistema», vinca o sócio.
Está o sector preparado?
Apesar das soluções existentes e da consciência de que existe uma necessidade de mudança, Pedro Maldonado Lopes refere que o mercado ainda é pautado por algumas reticências. «As companhias portuguesas têm sistemas antigos e não estão predispostas para a mudança, seja porque não estão preparadas para enfrentar esse processo ou pela indisponibilidade do investimento necessário.
Debatem-se com questões como a ausência de flexibilidade, pois, sempre que querem desenvolver um novo produto ou serviço, deparam-se com orçamentos e prazos de implementação incomportáveis, derivados do facto de terem que ajustar os tais sistemas com algumas dezenas de anos», afirma.
A Deloitte já desenvolveu alguns contactos em Portugal, com a intenção de replicar o modelo aplicado no Canadá, o que é considerado como perfeitamente viável, pois a firma portuguesa esteve no processo de criação da InsurCloud desde o primeiro momento, tendo capacidade para implementar o mesmo processo em qualquer outro mercado, nomeadamente o português. «Temos, agora, de criar a solução adaptada ao mercado português para a podermos propor aos nossos clientes.
Temos vindo a desenvolver contactos em Portugal, com empresas do sector, e verificámos que pode ser uma solução bastante adequada», explica Pedro Maldonado Lopes.
Quem sai beneficiado?
Ao implementar esta solução, a Deloitte não só garante vantagens para os seus compradores como também para os clientes destes. Pedro Maldonado Lopes afirma que os clientes finais vão sentir que as companhias têm a capacidade de lhes proporcionar os produtos que realmente querem, dotados de flexibilidade, com as características que desejam e que os possam utilizar apenas quando entendam.