Deficiente não é insulto, anormal também não
A próxima vez que pensar em chamar alguém de retardado, DEF, mongoloide, lerdo, anormal ou deficiente, lembre-se de que não está a insultar ninguém. É esta a mensagem da nova campanha de sensibilização do Bipp, IPSS criada em 2005 para apoiar a inclusão de cidadãos com deficiência na sociedade.
Qualquer pessoa pode participar através de cinco simples passos. Primeiro é preciso escrever numa tira de fita-cola o insulto que utilizou ou de que foi alvo, tirar uma selfie com a fita na boca e descrever a situação na qual a palavra foi utilizada. Na mesma explicação, deve ser escolhido outro adjectivo que seja mais adequado à situação e que possa, de facto, ser um insulto. Depois, partilhe a fotografia nas redes sociais com as hashtags #bipp e #naoeinsulto e nomeie dois amigos para fazerem o mesmo. O último passo é fazer um donativo.
O Bipp explica que a educação linguística é importante “para que as deficiências não continuem a ser citadas servindo de insulto a comportamentos censuráveis como a parvoíce, a estupidez, a insensibilidade, a cobardia, a irreflexão e tantos outros exemplos para os quais o léxico português tem inúmeros adjectivos mais adequados”.