Deco Proteste já recebeu mais de 135 mil reclamações este ano

Nos primeiros seis meses de 2021, a Deco Proteste recebeu mais de 135 mil reclamações, sendo que as empresas do sector das comunicações destacam-se perante as restantes. Duração dos períodos de fidelização e desacerto entre ofertas e cobranças de mensalidades são os motivos mais verificados.

Quanto às empresas com mais reclamações no acumulado deste ano, a Deco Proteste aponta para a Meo no topo da lista (740), seguida pela Nos (666) e pelos CTT (552). O top 10 inclui ainda Medicare, Vodafone, TAP Air Portugal, Worten, EDP, Conforama e Endesa, desvendando já quais são os outros sectores com mais queixas.

Depois das comunicações, surgem os bens de grande consumo, serviços financeiros, energia/água e saúde, de acordo com os dados da Deco Proteste.

Ainda assim, apesar de não liderarem em termos de volume absoluto, nota-se também um acréscimo nas queixas relacionadas com serviços de entregas ao domicílio. O confinamento e o comércio electrónico estarão na origem desta tendência.

A Deco Proteste indica ainda, em comunicado, que as mais de 135 mil reclamações estão em linha com os números obtidos nos últimos dois anos. Analisando o impacto da pandemia nas reclamações, a organização de defesa dos direitos dos consumidores conclui que não houve um abrandamento ou flutuação negativa: “Os últimos dois anos serviram, eventualmente, para reposicionar os sectores mais reclamados – emergindo agora, por exemplo, os serviços de entregas como uma das áreas em que os portugueses se sentem mais lesados.”

Rita Rodrigues, head of Public Affairs da Deco Proteste, lembra que as reclamações são importantes para melhorar os serviços e os produtos visados. Segundo a responsável, as marcas têm de olhar para estes momentos «com maturidade e como uma oportunidade de melhoria», embora se verifique que, em alguns casos, ainda há muito trabalho a fazer.

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