Decathlon: Como se tornou a gigante do retalho desportivo desafiando as regras do mercado

A Decathlon não procura holofotes. Sem patrocínios milionários ou campanhas protagonizadas por grandes estrelas, a gigante francesa consolidou-se como o maior retalhista de artigos desportivos do mundo, mas sem ir atrás do que todos faziam.

Com um modelo de negócios verticalizado, a marca abrange desde P&D até revenda e reparo de produtos próprios. O foco? Tornar o desporto acessível, com botas de caminhada a 25 euros e bicicletas a 220 euros há quase 50 anos.

Fundada por Michel Leclercq em 1976, acredite ou não, a Decathlon nasceu num estacionamento da Auchan, rede de retalho cuja família proprietária é parente de Leclercq. Apesar da forte conexão, a marca seguiu um caminho independente. “Ele [Leclercq] ainda pensa no futuro e no que devemos trabalhar para os próximos 30-50 anos”, afirmou o CFO da Decathlon, Jean-Marc Lemière, à Fortune.

A empresa enfrentou gigantes como Adidas e Dick’s, mas a sua aposta em preços acessíveis e reinvestimento contínuo consolidou-a como líder global. Atualmente, conta com 101 mil colaboradores, mais de metade acionistas, e segue firme na missão de democratizar o desporto.

Além da política de preços agressiva, a Decathlon investe fortemente em inovação. Os seus produtos são desenvolvidos com base em pesquisas aprofundadas sobre necessidades dos consumidores, o que resultou em sucessos como a tenda Quechua 2 Seconds e a máscara de mergulho Easybreath, ambas revolucionárias no mercado.

Outro coisa que a distingue é a experiência nas lojas, projetada para incentivar testes dos clientes. Muitas unidades contam com espaços para testes de produtos, como piscinas para equipamentos de natação e pistas para bicicletas, garantindo que o cliente faça as melhores escolhas antes da compra.

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