De que mais se queixam as mulheres?

O estereótipo diz que as mulheres não se calam, mas, na verdade, do que mais se queixam? Uma análise do Portal da Queixa revela que em 2022 foram registadas quase 72 mil queixas por parte de consumidoras. Mau serviço prestado pelas marcas e atrasos nas entregas das encomendas são dois dos principais motivos de reclamação.

Este valor representa um aumento de 10% face aos valores de 2021. Mulheres entre os 25 e 44 anos, residentes em Lisboa, Porto e Setúbal são quem mais reclama na plataforma. As dez principais queixas denunciam: o mau serviço prestado pela marca (22%); atrasos de entrega (15%); outros (15%); burla (12%); problemas no apoio ao cliente (7%); enganos (7%); atendimento (5%); condições contratuais (4%); produto com defeito (4%); falha na assistência técnica (3%); más condições de entrega (3%); valores da venda (1%) e garantia do artigo (1%).

Relativamente aos alvos das reclamações registadas, a análise indica que são dirigidas sobretudo a marcas relacionadas com sectores de actividade como Correio, Transporte e Logística; Comunicações, TV e Media; Operadoras de TV, Net e Telefone; Compras, Moda e Joalharia; Hiper e Supermercados; Saúde e Serviços e Administração Pública.

E no top 20 das marcas mais reclamadas pelas consumidoras estão: CTT (8%), MEO (6%), IMT (6%), GLS (5%), NOS (4%), Worten (4%), TulsiCosmetics Profissional (4%), CTT Expresso (3%), Vodafone (3%), Continente (3%), DPD (3%), IVAucher (2%), eDreams (2%), Segurança Social (2%); PT Electrónica (2%), Correios Express Portugal (2%), Serviço Nacional de Saúde (2%), Uber Eats (2%), EDP Comercial (2%) e E-Redes com 2% das reclamações.

«O estudo do Portal da Queixa foi realizado no âmbito do Dia Internacional da Mulher e pretende reforçar a importância das consumidoras e dos consumidores usufruírem livremente do seu direito de reclamar e de expressar publicamente a sua insatisfação perante uma experiência de consumo negativa. Melhorar a performance das marcas na orientação para o cliente é sempre a oportunidade que advém de uma reclamação», realça, em comunicado, Sónia Lage Lourenço, CEO do Portal da Queixa.

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