Custos das empresas com planos de saúde vão subir 10% no próximo ano

Em 2024, as empresas portuguesas deverão gastar, em média, mais 10% do valor despendido em planos de saúde para os colaboradores. Esta é a maior subida de custos desde 2015. A conclusão é do “Medical Trend Rates Report” da Aon, que conclui que este aumento está em linha com a média europeia (10,4%).

De acordo com a empresa especializada em serviços nas áreas de risco, reforma, saúde e pessoas, o aumento na ordem dos dígitos está relacionado com “as pressões quanto à incerteza da duração da inflação e da instabilidade macroeconómica mundial”. Este ano, o aumento da taxa de custos com planos de saúde rondou, em média, os 7%, pelo que, para 2024, é de esperar um agravamento na casa dos três pontos percentuais.

Ainda segundo a Aon, o aumento consecutivo dos custos de saúde e bem-estar tornou-se uma preocupação para as empresas que, para fazer face a este aumento, estão a implementar algumas medidas de mitigação do risco. “Os planos de benefícios flexíveis são uma das iniciativas cada vez mais utilizada a nível global, com cerca de 60% dos países a identificarem-na como uma iniciativa a ser considerada em 2024”, explana a empresa. Além disso, muitas empresas estão a implementar programas de prevenção, tais como check-ups regulares, programas de nutrição, literacia para o bem-estar, programas de incentivos (gamification) e de cessação tabágica.

«Uma tendência que também já vem de anos anteriores são os planos de benefícios flexíveis, que permitem que cada colaborador possa “desenhar” o seu pacote de benefícios de acordo com as suas necessidades mais específicas, tornando mais eficiente o valor investido pelas organizações», frisa Rita Silva, senior associate em HR Solutions da Aon Portugal.

O relatório “Medical Trend Rates” conclui ainda que, tanto em Portugal como a nível global, as patologias que mais contribuem para os custos dos planos de saúde empresariais são as doenças cancerígenas (sobretudo cancro da mama, do pulmão, colorretal e da próstata) e as condições cardiovasculares.

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