Custos com seguros de saúde em Portugal vão subir 10% em 2025

As empresas portuguesas deverão esperar um aumento médio de 10% nos custos com os seguros de saúde para 2025, reflectindo um aumento significativamente superior à inflação geral projectada pelo FMI para Portugal. A estimativa é da Aon, empresa líder mundial de serviços nas áreas de Risk Capital e Human Capital e está patente no 2025 Global Medical Trend Rates Report.

Este cenário está alinhado com as tendências globais que apontam para uma pressão contínua sobre os seguros de saúde corporativos. Em termos globais, a tendência mundial sofre uma ligeira diminuição do crescimento, de apenas uma décima (previsão de 10% em 2025, face a 10,1% em 2024).

João Dias, Health Solutions manager da Aon Portugal, sublinha que o aumento sustentado dos custos com os seguros de saúde é uma realidade que exige que as empresas procurem medidas para mitigar este impacto. «As iniciativas de prevenção e bem-estar estão a ganhar cada vez mais espaço no desenvolvimento de programas de assistência ao colaborador, nomeadamente check-ups regulares, programas de nutrição e gestão do stress, entre outras. Além disso, os planos de benefícios flexíveis que as organizações estão a implementar são vistos como uma solução eficaz para controlar os custos e, ao mesmo tempo, oferecer pacotes de benefícios personalizados e mais adequados às necessidades específicas de cada colaborador», comenta.

O 2025 Global Medical Trend Rates Report destaca que as patologias que mais têm contribuído para o aumento dos custos dos seguros de saúde são as doenças oncológicas – os principais tipos de cancro são da mama, do pulmão, o colorretal e da próstata – e as patologias cardiovasculares. Portugal segue a tendência a nível global e as doenças do foro oncológico lideram a principal causa do aumento dos custos dos seguros de saúde, seguindo-se as patologias musculoesquelético, cardiovasculares, do foro da saúde mental e a diabetes.

As coberturas nos seguros de saúde mais procuradas em Portugal são as de hospitalização, consultas e exames, estomatologia e oftalmologia.Já os factores de risco que mais contribuem para a subida dos custos com a saúde para as empresas, são o envelhecimento da sua população, a ausência de rastreios clínicos antecipados, a genética, o aumento das doenças crónicas, como a hipertensão, o stress e a ausência da prática de actividade física.

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