CTT: Entrega total, onde quer que esteja
Em 2020 os CTT decidiram reposicionar a sua marca no mercado, garantindo aos portugueses que a sua entrega é total. Com a pandemia da Covid-19 foi chegada da hora de mostrarem o seu propósito e a sua relevância nos mercados em que actuam. Os CTT, além de continuarem a servir o País da mesma forma, foram mais longe e alteraram serviços, recriaram outros, lançaram soluções para dar resposta às necessidades das PME em tempo recorde, reduziram preços para clientes, para manter o País a funcionar. «Além de sermos uma marca de confiança, os CTT mostram agora, com a crise que se vive no mundo, que aliam os seus produtos/serviços às estratégias dos clientes, às necessidades que surgem, permitindo a todos os portugueses acreditarem que, apesar desta pandemia, e não obstante as alterações que se fazem sentir, os efeitos podem ser muito menores quando uma marca se alia e responde a vários parceiros para o bem da sociedade comum», explica fonte oficial dos CTT. Nesse sentido, os CTT tiveram no ar uma campanha a mostrar que continuam a trabalhar para ajudar as empresas e os clientes sem terem que sair de casa.
E se o e-Commerce era já, no seio dos CTT, uma das áreas de maior crescimento, com a Covid-19 ganhou ainda mais força. «Queremos ser um operador de entrega total e a nossa oferta e iniciativas na resposta time to market têm reflectido isso.»
Este momento de transformação que vi–vemos cria oportunidades, não só de negócio – pelo desenvolvimento do e-Commerce, que impacta fortemente o negócio de Expresso e Encomendas -, como de outras oportunidades a nível de digitalização do portefólio de produtos. E ainda pela criação e uso de ferramentas que transformam o dia-a-dia para a empresa se tornar mais eficiente e melhor servir os clientes.
O responsável não tem dúvidas de que as principais vantagens competitivas dos CTT estão intimamente ligadas com a sua capacidade de “entrega total”. É a rede mais capilar em termos de pontos de atendimento e de entregas, de densidade de distribuidores e de meios rolantes a suportar todo o processo de recolha e de entrega de encomendas. É ainda, por estar integrada nas redes mundiais postais, o principal distribuidor das compras online com origem internacional.
«Somos o operador que se tem afirmado como pioneiro no lançamento de soluções inovadoras em toda a cadeia do e-Commerce, como o são o Marketplace Dott, a plataforma de criação de lojas online, o serviço integrado CTT Logística, a rede de Cacifos 24H, o serviço CTT Now/Expresso Para Hoje, para além da capacidade do estabelecimento de parcerias com startups e outros actores dinâmicos no sector do e-Commerce», assegura fonte oficial da marca.
Não faltam aos CTT propostas para estar ao lado das empresas no e-Commerce. A solução Expresso Para Hoje (CTT Now) permite entrega de encomendas no próprio dia e em menos de duas horas num conjunto de cidades portuguesas através de uma plataforma online (web e app), com live tracking. Aliás, foi recentemente anunciada uma parceria com a UBER que reforça a capacidade de entrega neste âmbito. Foi lançada, no final do ano passado, uma solução de logística para PME, o CTT Logística, direccionada a empresas no mercado de e-Commerce, onde os clientes podem contratar o seu pacote logístico e gerir todo o processo de forma self-service. Os CTT têm o papel de tratar da armazenagem, preparar e enviar as suas encomendas, existindo também a possibilidade de integração a sites e marketplaces como Shopify, Woo Commerce e Amazon.
Quer ter uma loja online?
Mas se quer ter uma loja online os CTT também têm uma solução. Denominada “Criar Lojas Online”, permite que qualquer empresa crie um site de e-Commerce de for–ma rápida e simples, sem necessidade de conhecimentos técnicos, e integrado de forma automática com o serviço de entregas CTT. O objectivo é a digitalização dos negócios e início da venda de produtos aos seus clientes. No contexto de pandemia e na sequência de uma parceria institucional com o Governo foram estabelecidos protocolos, para a criação destas lojas, com diversos municípios (Lisboa, Montemor-o-Novo, Vendas Novas, Redondo, Sousel, são algumas das parcerias fechadas), bem como com a Região Autónoma da Madeira. Foi também estabelecido um protocolo com a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal que congrega as diferentes associações comerciais existentes no País, para além de parcerias com diversas associações empresariais. Implicou, a nível de recursos humanos, um reforço da linha de call center para apoio e acompanhamento dos clientes.
No caso do Dott, marketplace que resulta de parceria entre os CTT e a Sonae, o trabalho no contexto da pandemia desenvolveu–-se no sentido de dar acesso mais facilitado às empresas que tiveram que fechar os seus negócios para colocarem o catálogo dos seus produtos no marketplace e passar a vender online, em condições especiais e de forma muito ágil. «A receptividade está a ser extraordinária e estamos quase a atingir o número de mil comerciantes registados no serviço», conta a mesma fonte.
As vendas do Dott estão a crescer a níveis não expectáveis antes da crise pandémica, tendo mesmo batido nestes últimos dois me–ses e de forma significativa todos os recordes da peak season de Novembro/Dezembro de 2019. «O número de clientes a comprar tem vindo a crescer de forma sustentável e a taxa de conversão quase que triplicou», revela, lembrando que o Dott é um marketplace já percepcionado como um verdadeiro super–mercado online, dispondo de mais de 20 categorias e mais de um milhão de produtos. Os mais procurados enquadram-se nas categorias de saúde e beleza, mercado e gourmet, casa e jardim, electrodomésticos, moda e calçado, comunicações e telemóveis, criança e brinquedos, informática e electrónica.
E os CTT têm bem cientes os principais desafios que o e-Commerce coloca e que decorrem de três tendências: free delivery, que exige mais eficiência e competitividade a nível dos preços; sameday delivery, que exige mais flexibilidade; e peak seasons, as-sociadas ao Black Friday, Singles Day, Natal, e agora a crise Covid-19, que obriga a uma gestão operacional cada vez mais do tipo elastic logistics via recurso a meios e redes adicionais e complementares e a um planeamento e gestão mais dinâmica das rotas, que permitam alisar picos de tráfego e conferir experiência uniforme de entregas. «A resposta a estes desafios está a ser dada pela continuidade obsessiva da implementação de um Plano de Modernização e Investimento, que envolve valores da ordem dos 40 milhões de euros e por uma crescente e mais eficiente integração de sistemas de informação e operações entre os CTT e os seus clientes», assegura a mesma fonte.
Se é verdade que o número de encomendas aumentou, também o é que os CTT estão em constante actualização na adaptação da sua capacidade operacional. «A empresa tem capacidade para responder ao volume de tráfego actual e caso se venha a verificar um aumento desse mesmo tráfego, os CTT ajustarão a sua capacidade operacional em conformidade», garante. Aliás, o mesmo responsável acredita que o mercado do e-Commerce em Portugal irá continuar a evidenciar grande crescimento no futuro próximo, a taxas de dois dígitos e de forma cada vez mais acelerada. «Se em 2017 cresceu 12,5%, em 2018, 17%, e estimamos que em 2019 se situe já acima dos 20%, não te–mos dúvidas que este ano, e até face ao boost provocado pela crise pandémica, a taxa de crescimento irá certamente situar-se na casa dos 30%.» Neste contexto, e em linha com as soluções que têm vindo a desenvolver e a implementar em toda a cadeia de valor do e–-Commerce, os CTT irão continuar a ser um dos grandes suportes ao desenvolvimento deste ecossistema em Portugal, contribuindo para uma maior entrada no mundo dos negócios online de empresas portuguesas, e, deste modo, mitigar o gap existente relativa–mente às plataformas estrangeiras. «O contexto da Covid-19 também se tem revelado como factor impulsionador à maior compra de produtos made in Portugal, que importará potenciar», finaliza.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “e-Commerce”, publicado na edição de Maio (n.º 286) da Marketeer.