Criativo Márcio Martins estreia-se na literatura infantil com história vencedora do Prémio Pingo Doce
Márcio Martins é director criativo no YoungNetwork Group, comentador de basquetebol na Eleven Sports e também o vencedor do Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce de 2023. “O Livro que não sabia o que queria ser” é o título da história que dá ao profissional a vitória nesta competição que tem como objectivo promover a leitura junto das crianças.
A obra «fala do poder da imaginação e da criatividade, e da importância da curiosidade e de questionarmos as coisas. De pensarmos no mundo que nos rodeia e nos perguntarmos se faz sentido ser assim ou assado», revela o autor, em entrevista à Marketeer. Já a inspiração para escrever deveu-se ao filho e à vontade de passar a mensagem de que é necessário questionar a realidade para que os progressos na sociedade possam surgir.
Se foi mais fácil dar largas à imaginação para moldar a proposta vencedora estando na área da criatividade? A resposta é inconclusiva. «Não sei se é mais fácil dar largas à imaginação por estar na área da criatividade ou se por gostar de dar largas à imaginação acabei a trabalhar na área da criatividade. Penso que tenho sido mais esta última.»
E como conciliar o trabalho numa agência de comunicação com o de comentador televisivo e agora autor infantil? «A criatividade não é exclusiva. É um modo de estar» e uma ferramenta a aplicar onde e como quisermos. Tudo acontece, diz Márcio Martins, através do slow motion multitasking, que «consiste em fazer várias coisas ao longo do tempo e saltar entre projectos e áreas diferentes», dando foco a uma coisa de cada vez.
“O Livro que não sabia o que queria ser” apresenta-se, assim, como a primeira vez que o autor terminou e tornou pública uma história para um livro infantil. «Era algo que desejava fazer e que ensaiava há algum tempo», tendo guardados na gaveta princípios de livros e esboços de histórias.
Alegre, orgulhoso, surpreso e «muito honrado» pela vitória no Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, Márcio Martins salienta que não sabe se no futuro irá escrever mais livros infantis ou se irá fazer outra coisa qualquer. Sabe apenas que irá criar alguma coisa. « É deixar a criatividade à solta.»
Texto de Beatriz Caetano