Crianças partilham demais nas redes sociais
O limite mínimo de idade imposto por redes sociais como o Facebook parece ser cada vez mais necessário. Um estudo global realizado pela Kaspersky Lab e pela iconKids & Youth revela que as crianças partilham mais do que deviam neste tipo de plataformas, colocando-as potencialmente em perigo.
O problema começa na adição à Internet: 35% das crianças e jovens entre os oito e os 16 anos não quereria, sob nenhuma circunstância, ficar privada de poder aceder às redes sociais. O estudo “Connected Kids” revela ainda que 66% partilha o nome da escola em que estuda, 54% diz a que sítios costuma ir e 22% expõe mesmo a sua morada.
A partilha excessiva de informação também pode estar relacionada com os pais, já que 36% dos inquiridos disse revelar dados sobre actividades dispendiosas que a mãe e o pai concretizam, 33% diz qual o emprego dois pais e 23% chega ao ponto de partilhar qual o ordenado dos mesmos.
Os riscos estão ainda relacionados com outros factores como mentir sobre a idade: cerca de 31% das crianças e jovens estão dispostas a mentir sobre a sua idade numa rede social, fazendo com que o limite imposto pelo Facebook, por exemplo, de nada sirva.
A Kaspersky Lab deixa alguns conselhos aos pais para evitar estes riscos:
– Falar com os filhos sobre as suas experiências e preocupações;
– Encorajar a criatividade das crianças online e fazer publicações em conjunto antes que elas as façam sozinhas;
– Explicar porque é que a utilização das redes sociais é aconselhável para pessoas com mais de 13 anos, falar sobre direitos e responsabilidades e prepará-los para o grande passo que é a entrada no mundo online;
– Tornar-se amigo dos filhos até que se perceba que eles estão prontos para assumir a responsabilidade que é estar online. De vez em quando imprimir o perfil que têm online, já que os conteúdos online quando impressos assumem um aspecto totalmente diferente;
– Estabelecer regras sobre a utilização da webcam e certificar-se de que estas regras são cumpridas;
– Encorajá-los a mostrar que opções ou novas aplicações existem, especialmente se estiverem relacionadas com privacidade;
– Relembrar que as crianças fazem o que os adultos fazem e não o que estes dizem.