COVID-19: Produtores de Televisão pedem medidas para o sector
Continuam a surgir propostas de associações que sentem que os respectivos sectores não estão a ser devidamente contemplados pelas propostas apresentadas pelo Governo no sentido de mitigar os efeitos do COVID-19. A Associação de Produtores Independentes de Televisão (APIT) é um dos mais recentes casos e já fez chegar ao secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Multimédia um documento com o pedido de apoio.
«Tendo em conta a situação de pandemia que actualmente vivemos e que afecta todos os sectores da economia, vem a APIT, em primeiro lugar, solidarizar-se com o sector que representa e com todos aqueles que, ao dia de hoje, continuam a manter-se firmes na missão de acompanhar, informar, esclarecer e entreter os portugueses, a quem pedimos que fiquem em casa», afirma Susana Gato, presidente executiva da associção.
Em comunicado, adianta ainda quais as medidas solicitadas ao Governo:
– Lay-Off simplificado que contemple a possibilidade de aplicar este mecanismo aos trabalhadores que sejam afectados pela paragem parcial da actividade da empresa, resultante da interrupção ou suspensão de projectos, ainda que a empresa se mantenha em funcionamento;
– Clarificar este regime de forma a enquadrar empresas cuja instabilidade e inconstância da actividade não permite que se encaixem na paragem total, nem na consideração do período homólogo, cuja referência é perfeitamente aleatória;
– Apoiar os trabalhadores em regime de prestação de serviços, que todos os dias ajudam a produzir em português (nomeadamente actores e técnicos), estando já as empresas da APIT a actuar com consciência social de os proteger, e solicitando ao Governo que os contemple nos apoios que promoverá;
– Criar uma linha de crédito especifica para o sector audiovisual, que servirá para fundo maneio, tesouraria e investimento no regresso à normalidade, de modo a que não se dilua em linhas de crédito gerais que acabam por não compreender nem acompanhar as especialidades deste sector.
A APIT deixa ainda um apelo a todos os agentes do sector: que continuem a trabalhar em conjunto e a promover a criação e produção original em português.