Covid-19. Como podem as marcas ser úteis na nova realidade?
Os apoios aos governos, aos serviços de saúde e aos consumidores devem estar no topo das prioridades das marcas e das empresas em todo o mundo durante a pandemia de Covid-19. Esta é a expectativa dos consumidores, de acordo com a primeira vaga do Barómetro Global da Kantar, divulgado esta terça-feira.
Segundo os primeiros resultados deste estudo global – que auscultou mais de 25 mil consumidores em 30 mercados – os consumidores esperam que as marcas que escolhem privilegiem em primeiro lugar os seus funcionários: 78% dos inquiridos espera que as marcas cuidem da saúde dos seus trabalhadores e 62% refere a implementação de sistemas de trabalho flexível como importante.
O apoio aos hospitais (41%) e a ajuda ao governo (35%) estão também entre as expectativas de uma parte significativa dos consumidores.
Em contraponto, a expectativa de que as marcas deixem de fazer publicidade é muito baixa: apenas 8% dos inquiridos identifica esta questão como uma prioridade. Aliás, numa altura em que muitas marcas ponderam deixar de comunicar para reduzir custos, as estimativas da Kantar indicam que uma eventual ausência de 6 meses da TV resultará numa redução de 39% na notoriedade global da comunicação da marca, potencialmente reduzindo a recuperação num mundo pós-epidemia.
Entre as marcas que continuem a fazer publicidade, a maioria dos consumidores espera que a comunicação dê um contributo positivo para a sociedade, referindo por exemplo como a marca é útil no novo dia-a-dia (77%) ou os esforços feitos para enfrentar a situação (75%).
Mas há também armadilhas a serem evitadas na publicidade durante a pandemia: a situação do coronavírus não deve ser explorada para promover a marca (75%) e os tons humorísticos devem ser evitados (40%).
Importa reter que este barómetro terá resultados para Portugal a partir de Abril, na segunda vaga da pesquisa, através da colaboração da direcção de Kantar Insights, do Grupo Marktest, representante em Portugal da Kantar Insights Division.