Coronavírus: o comércio electrónico vai crescer assim tanto?

O comércio online poderá ser um dos poucos sectores a beneficiar do novo coronavírus, mas será uma mudança a longo prazo? Com o passar do tempo, poderão surgir problemas com as cadeias de abastecimento e incerteza relativamente à procura por parte dos consumidores.

Nos Estados Unidos da América, as lojas online de retalhistas físicos (supermercados, por exemplo), viram a receita média semanal crescer 52% e a taxa de conversão subir 8,8%, de acordo com dados da Quantum Metric (de 1 de Janeiro a 29 de Fevereiros versus período homólogo anterior).

No entanto, à medida que cresce o número de pedidos, também a pressão começa a subir. Segundo sublinha o site Marketing Land, as plataformas de comércio electrónico terão de garantir que estão prontas para acompanhar a mudança de comportamento, o que poderá não ser fácil se uma recessão económica estiver à espreita.

Se as fábricas não produzirem, não haverá produtos para enviar para os clientes. A longo prazo, os efeitos de uma potencial crise económica poderão resultar num novo abrandamento dos pedidos.

Para já, um inquérito realizado pela Digital Commerce 360 mostra que apenas 38% dos retalhistas espera que o negócio online cresça um pouco ou signiticativamente devido ao surto do COVID-19. A maioria antecipa uma estagnação ou até mesmo quebra das vendas.

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