Consumo de vídeo em dispositivos móveis aumentou 85%

Passamos mais 1,5 horas por semana a ver televisão e conteúdos de vídeo do que em 2012. Este crescimento, a nível mundial, é justificado com o aumento de 85% no tempo semanal de visualização em dispositivos móveis que, ainda assim, é equilibrado com uma queda de 14%, também semanal, no que respeita à visualização em dispositivos fixos.

Os dados são do novo relatório “Ericsson ConsumerLab TV & Media”, que conclui ainda que “não se verifica qualquer diminuição no desejo de consumo de TV e vídeo”, apenas na forma como se processa. O mesmo estudo indica que 40% dos consumidores de todo o mundo estão “muito interessados” num plano de dados móveis que inclua streaming de vídeo sem quaisquer restrições, evidência de como os modos de consumo se estão a alterar.

No entanto, apesar de estarmos a assistir a cada vez mais vídeo e televisão, os consumidores continuam a sentir-se frustrados relativamente à descoberta de conteúdos. O relatório da Ericsson utiliza o caso norte-americano para exemplificar o problema: 44% dos consumidores diz não conseguir encontrar nada na TV linear diariamente (+22% do que no ano passado).

Quanto aos serviços de vídeo on-demand (VOD), 45% afirma passar mais tempo a escolher o que ver do que na TV linear. Ainda assim, estão mais satisfeitos com a descoberta de conteúdo neste tipo de serviços do que na televisão. “As conclusões do estudo sugerem que muito embora o processo de descoberta nos serviços VOD seja mais moroso que o de TV linear, os consumidores classificam-no como menos frustrante, já que ele garante implicitamente a oportunidade de descobrir algo que eles desejam mesmo ver e quando o querem ver.”

Face a 2010, o tempo total de visualização de conteúdo on-demand aumentou 50%. Alguns dos principais indicadores são o aumento de binge-viewing (consumo em série de determinado conteúdo), a subida em mais de 60% da despesa com este tipo de serviços e o aumento de 40% no consumo diário de vídeos no YouTube.

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