Consumo de luxo está a aumentar em Portugal
Em Portugal, 21% dos consumidores afirma comprar produtos premium em lojas online de retalhistas locais, mais três pontos percentuais em relação a 2016. Há também quem afirme fazer o mesmo mas recorrendo a retalhistas internacionais (17% – mais 4% do que em 2016).
Contudo, a maioria ainda prefere as lojas físicas locais, segundo aponta o estudo “Changing Consumer Prosperity” da Nielsen: 86% dos portugueses diz comprar produtos premium em estabelecimentos com paredes e tecto, ultrapassando largamente a média europeia de 60%.
Quanto aos produtos mais procurados, o top 5 de categorias é liderado por carne, peixe e marisco (36%), à frente de vestuário/sapatos (34%), bens electrónicos (32%), cuidado oral (27%) e cuidado corporal (25%). A nível europeu, a ordem muda e até surgem outras categorias: vestuário/sapatos em primeiro lugar, seguidos por bens electrónicos, carne, peixe e marisco, café/chá e lacticínios.
Para os portugueses, aquilo que torna um produto premium é, acima de tudo, a maior qualidade (62%), mas também a função ou performance superior (53%), o serviço prestado ao cliente (50%) ou o facto de oferecer ou fazer algo único e diferenciador (43%). Segundo a Nielsen, a maioria dos portugueses afirma estar disponível para pagar mais por produtos com estas características. Mais: cerca de um terço está “altamente disposto” a pagar mais por opções naturais, orgânicas e sustentáveis.
Relativamente ao que leva os consumidores nacionais a experimentar um novo produto premium, a recomendação de amigos ou familiares é a motivação mais apontada. Segue-se a pesquisa, compra por impulso e publicidade.
De acordo com Ana Paula Barbosa, Retailer Vertical director da Nielsen Portugal, são três os factores que impulsionam aquilo a que chama a “premiumização do consumo”: a melhoria das condições financeiras; a proliferação de espaços (físicos e digitais) com produtos premium; e a procura por soluções que respondam às preocupações decorrentes de um estilo de vida cada vez mais preenchido e atribulado, nomeadamente em termos de saúde e bem-estar.