Consumidores e marketeers discordam sobre eficácia de anúncios

Nos EUA, os utilizadores de internet acreditam que os anúncios televisivos são mais eficazes que as inserções online. Ainda que os marketeers tenham vindo a apostar em força na publicidade digital, os consumidores parecem não querer abandonar a percepção dos media tradicionais.

De facto, a televisão ainda chama a si a maior fatia de investimentos publicitários, nos EUA, e a percentagem face ao bolo total não está a decrescer. Ainda assim, a mensurabilidade inerente aos anúncios online tem feito com que a confiança na sua eficácia tenha vindo a crescer.

Um estudo desenvolvido pela empresa de software Adobe, nos EUA, fez notar que 51% dos marketeers do mercado americano consideraram que os anúncios online são mais eficazes do que os televisivos. Os consumidores, por sua vez, e como noticia o website eMarketer, parecem ter ficado presos ao “passado”, já que dois terços dos inquiridos acredita que os anúncios televisivos são os mais eficazes.

Ao que a Adobe pôde apurar, os consumidores também parecem apreciar mais os anúncios nos media tradicionais do que em novos dispositivos digitais.

45% dos inquiridos afirmou gostar de ver anúncios nas suas revistas impressas favoritas e 23% nos seus programas de televisão preferidos. Já 11% prefere vê-los nos seus websites de eleição, 3% indicou as redes sociais e 2% referiu gostar de ver anúncios em revistas digitais.

De resto, como informa o estudo da Adobe, marketeers e consumidores parecem discordar quanto à eficácia de uma variedade de formatos publicitários. Os dois grupos acreditam que os melhores anúncios são os criados por marketeers profissionais. No entanto, ao passo que quase metade dos marketeers defendem este ponto, do lado dos utilizadores de internet a fatia de apoiantes fica-se pelos 36%.

Maior discordância trouxeram a eficácia dos anúncios pagos em motores de busca (valorizado por marketeers e desvalorizado por utilizadores web) e a publicidade em outdoor (com o cenário inverso). Os utilizadores mostraram ainda uma maior aptidão para afirmar que não existem anúncios bons ou eficazes – posição que, por razões óbvias, os marketeers não adoptam.

Mas, afinal, de que é que os consumidores gostam? Quase três quartos defende que os anúncios devem “contar uma história única, não apenas tentar vender”. Já cerca de dois terços afirmou que os vídeos e as opiniões de produto por parte dos utilizadores são elementos positivos, e que as experiências em loja eram mais importantes do que as obtidas online.

A mensagem para os marketeers pode parecer confusa, mas não é novidade que os consumidores não adoram visualizar publicidade, ou que consideram mais fiáveis as informações transmitidas por outros consumidores em quem confiam.

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