Consumidores de produtos de luxo não querem comércio electrónico

Apesar das compras de produtos de luxo serem, em 40% das vezes, influenciadas por conteúdos digitais, tais como catálogos, lookbooks ou críticas, a verdade é que os consumidores ainda preferem a experiência física para efectuar, de facto, a compra. “O Percurso do Cliente de Luxo”, estudo elaborado pela LuxHub, consultora estratégia de luxo do Havas Media Group, revela que apenas 16% das marcas de moda de luxo utiliza plataformas de e-commerce, já que os clientes dizem não encontrar uma experiência à altura nas vendas online. “O ponto de vendas físico é, ainda, o canal mais seguro, confirmando que o ‘ver e tocar’ um produto continua a ser parte essencial da experiência de compra”, refere o estudo.

Depois de analisados oito mercados com mais de 6400 consumidores e 25 marcas, “O Percurso do Cliente” aponta ainda que a principal razão para uma pessoa comprar um artigo de luxo é a auto-recompensa, referida em 51% dos casos, seguida por um preço especial, com 48% dos inquiridos a mostrar-se cada vez mais preocupado com questões práticas como o preço e a qualidade em vez de um possível valor emocional ligado a determinada marca.

Quanto às características associadas às marcas de luxo, encontram-se os factores alta qualidade (47%) e último grito da moda (32%). Segundo o estudo da LuxHub, apenas 26% dos consumidores, contudo, percepciona estas marcas como notórias, sendo que são apontados seis pontos de contacto que podem ter maior impacto na questão da notoriedade e intenção de compra. O primeiro passa pelas experiências de boutique , em 61,3% dos casos, seguindo-se as montras de boutique, os websites oficiais da marca, as opiniões de amigos/família, motores de busca e, por último, publicação de moda online.

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