Autoridade da Concorrência não se opõe a compra da Claranet pela NOS

A Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu não se opor à aquisição da tecnológica Claranet pela NOS, tendo notificado a operadora nesse sentido, adiantou, num comunicado publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“No seguimento da comunicação efetuada no passado dia 27 de janeiro, a NOS, SGPS, S.A. vem por este meio informar que foi notificada da decisão final de não oposição da Autoridade da Concorrência à operação de concentração que compreende a aquisição de 100% do capital social da Claranet Portugal, S.A.”, lê-se na mesma nota.

Segundo a NOS, “o fecho da operação ocorrerá após praticados os atos materiais necessários para a concretização da aquisição e será oportunamente comunicado ao mercado”.

A NOS anunciou em 27 de janeiro que tinha fechado um acordo para a compra da totalidade da tecnológica Claranet Portugal, pelo valor de 152 milhões de euros.

A Claranet está presente no mercado português desde 2005.

No ano fiscal de 2024, as receitas totais da Claranet “ascenderam a 205 milhões de euros, impulsionadas pelo crescimento robusto e contínuo do seu negócio de serviços, tendo o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) atingido os 15,4 milhões de euros”.

A compra da Claranet Portugal “permitirá à NOS afirmar-se cada vez mais como a empresa nacional de referência nos segmentos de comunicações e tecnologias de informação, expandindo as suas capacidades num setor em rápido crescimento e reforçando a sua proposta de valor em áreas de negócio como ‘cloud’, ‘workplace’, cibersegurança e ‘data & AI’, entre outras”, referiu a NOS no comunicado.

“A NOS tem tido um percurso de grande crescimento nos segmentos de serviços de tecnologias de informação, que esta aquisição vem acelerar”, afirma o presidente executivo (CEO) da NOS, Miguel Almeida, citado em comunicado.

“Ao agregar as competências, a experiência e os ativos da Claranet, reforçamos a ambição de fornecer soluções inovadoras, que respondam às necessidades de empresas, instituições e organizações portuguesas, e impulsionem a transformação tecnológica da economia e da sociedade digital”, sendo que, “com este passo, fortalecemos a nossa posição como o parceiro tecnológico de confiança para as empresas e instituições em Portugal”, concluiu o CEO.

A Claranet Portugal tem mais de 900 trabalhadores e “continuará a operar de forma autónoma, preservando a sua identidade, gestão, equipas e base sólida de clientes”.

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