Compras online são responsáveis por quase metade das queixas sobre supermercados

As reclamações associadas a hiper e supermercados aumentaram 75% no ano passado, quando comparado com 2019. Segundo o Portal da Queixa, as compras online estão na origem de 47% do total de reclamações, sendo os atrasos nas entregas o principal motivo reportado pelos consumidores.

O Portal da Queixa considera que estes resultados mostram que as marcas do sector não estavam preparadas para o crescimento das encomendas online – tanto a nível logístico como operacional.

Entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro, esta plataforma online recebeu 3.656 reclamações dirigidas a hiper e supermercados. Os meses de Março, Abril, Maio, Novembro e Dezembro foram os que registaram mais reclamações (entre 300 e 400 por mês). Já Fevereiro foi o mês com menos queixas (160).

Lisboa (42,8%), Porto (17,1%), Setúbal (13,6%), Aveiro (4,5%) e Coimbra (4,2%) compõem o top 5 dos distritos onde os consumidores mais reclamaram. Por género, nota-se que as mulheres apresentaram mas reclamações dirigidas aos hiper e supermercados (57,4%).

Já em termos de faixa etária, o grupo entre os 35 e os 44 anos mostrou-se predominante nas reclamações efectuadas através do Portal da Queixa (33,8%), seguindo-se os jovens entre os 25 e os 34 anos (27,8%).

Este ano, o cenário parece manter-se: desde o início de 2021, já foram registadas 717 queixas, o que representa uma subida de 35% face às 531 reclamações registadas no mesmo período de 2020.

No sentido inverso, o Portal da Queixa sublinha que algumas marcas conseguiram responder às novas necessidades dos portugueses, mostrando estar ao seu lado mesmo em tempo de pandemia. Auchan, Continente, Pingo Doce, Mercadona e Aldi destacaram-se pela boa performance na resolução dos problemas dos seus clientes, tendo registado índices de satisfação entre os 70 e os 88 pontos (em 100). Intermarché, Mini Preço e Lidl, por outro lado, mostraram obtiveram níveis de satisfação abaixo dos 20 pontos.

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