Como sabe as novidades da sua cidade? 92% das autarquias usa canais online

O meio digital é cada vez mais uma ferramenta de comunicação também para o poder local: em tempo de pandemia, 92% das autarquias privilegia os canais online para estar em contacto com os munícipes vs 1,1% que prefere as relações públicas. No mesmo sentido, 80% das autarquias transformou os seus debates presenciais (assembleias municipais, por exemplo) em reuniões digitais.

Os números são apresentados pelo Grupo YoungNetwork, que realizou um estudo sobre o impacto do COVID-19 nas autarquias portuguesas, na forma como comunicam e se adaptam à nova realidade. A análise revela que a maioria (60%) passou a comunicar mais e que 77% optou por realizar um trabalho mais proactivo do que reactivo.

Geograficamente, 91% das autarquias da região Norte recorreram ao telefone e ao email e na região Sul o endereço electrónico dominou as interacções com os cidadãos locais (93%). Na região Centro, 94% da comunicação foi por via digital, indica a mesma análise.

Do lado dos cidadãos, email (84%), telefone (76%) e Facebook (64%) foram as ferramentas mais utilizadas para interagirem com os seus municípios.

«Nunca os Organismos Públicos comunicaram tanto, de forma tão urgente, e nunca como antes estiveram tão na ordem do dia como hoje. Este estudo mostra que o sector público tem feito esforços para acompanhar a transformação digital, adaptando estratégias e criando soluções numa era crítica», sublinha João Santos, COO do Grupo YoungNetwork.

O mesmo responsável refere que «optimizar a comunicação das autarquias é contribuir para salvar mais vidas». Seja com uma pandemia, seja com incêndios ou outras situações problemáticas.

Autarquias remotas

O estudo “Covid-19: The Day After Survey Autarquias” mostra que grande parte dos municípios soube adaptar a sua actividade ao novo coronavírus, uma vez que 74% implementou o teletrabalho. Além disso, 78,9% das autarquias sentem-se preparadas para esta mudança.

Quanto ao balanço destes meses de trabalho remoto, 62,2% considera que os resultados não foram afectados e que são iguais ao pré-COVID, havendo ainda quem diga que foram melhores (15,6%). Por outro lado, 21,1% diz que a autarquia não estava preparada para esta metodologia.

O estudo tem por base um inquérito realizado entre 29 de Abril e 29 de Maio a um universo de 308 autarquias de Norte a Sul de Portugal. Foram consideradas válidas 90 respostas.

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