Como proteger os seus filhos no mundo digital? 6 dicas essenciais de um antigo funcionário do TikTok

O mundo digital faz parte do dia a dia das novas gerações, mas com ele surgem desafios para garantir a segurança das crianças e adolescentes online. Um ex-funcionário do TikTok, atualmente a trabalhar na empresa responsável pelo HighRise, um jogo online destinado principalmente a mulheres jovens, decidiu aconselhar os pais a proteger os mais novos no universo digital.

Sean O’Grady, antigo responsável pela Confiança e Segurança do TikTok, é pai de duas crianças, de quatro e sete anos, e elaborou uma lista com seis dicas essenciais baseadas na sua experiência como profissional.

1. Fomentar resiliência nas crianças

O’Grady desaconselha a proibição do tempo de ecrã, até porque esta acaba por colocar os jovens em desvantagem numa sociedade cada vez mais digital. Em contrapartida, o ideal é fomentar a resiliência dos mais novos neste universo, falando abertamente sobre os perigos online, como o cyberbullying, e dando-lhes literacia digital. É importante também deixar os seus filhos à vontade para recorrer aos pais sempre que se sentirem desconfortáveis com alguma situação.

2. Equilibrar o digital e o mundo real

O impacto da atividade online na vida real é inegável, especialmente para os adolescentes. Jogos complexos podem levar facilmente à perda de noção do tempo e do cumprimento de responsabilidades. Supervisione os horários e incentive um equilíbrio saudável entre atividades digitais e reais.

3. Discutir o impacto do anonimato online

Hoje, a possibilidade de anonimato online trouxe novas dimensões à interação social, nem sempre positivas. Explique aos jovens como o anonimato pode encorajar comportamentos nocivos, desde o assédio à disseminação de desinformação, e reforce a importância de se comportarem de forma ética, independentemente da identidade digital que assumam.

4. Falar sobre gastos em jogos

Com o crescimento das apostas e transações em jogos, é fundamental educar os jovens sobre o impacto financeiro dessas escolhas. Reforce a ideia de que transações diretas com outros utilizadores ou o fornecimento de informações pessoais, como nomes de animais de estimação (frequentemente usados em questões de segurança), são práticas perigosas.

5. Investir em controlos parentais

Ferramentas como o YouTube Kids oferecem bons sistemas de controlo parental, mas requerem uma configuração inicial por parte dos pais. Sem esse esforço, os algoritmos podem expor as crianças a conteúdos inadequados. Portanto, dedique tempo a explorar e configurar estas ferramentas.

6. Utilizar recursos especializados

Felizmente, existem organizações dedicadas a apoiar pais nesta tarefa. O NetSmartz, por exemplo, ajuda jovens e pais a responder a conteúdos impróprios, enquanto o Common Sense Media fornece orientações sobre a adequação de filmes, jogos e apps para diferentes idades.

Em suma, proteger as crianças no mundo digital é um trabalho contínuo, mas é possível com as ferramentas certas e uma abordagem proativa.

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