Como foi tratar da saúde dos festivaleiros no MEO Kalorama? A Lusíadas Saúde explica
Terminou no passado sábado, dia 2, mais uma edição do MEO Kalorama, que este ano recebeu nada menos que 105 mil visitantes ao longo de três dias, de acordo com a promotora Last Tour. Num evento com esta dimensão, a Lusíadas Saúde teve a responsabilidade de assegurar a saúde e bem-estar das centenas de milhares de festivaleiros que passaram pelo Parque da Bela Vista, em Lisboa.
A Lusíadas Saúde foi patrocinadora e serviço médico oficial do MEO Kalorama, onde contou com uma equipa de 30 profissionais por dia em permanência, além de diversos equipamentos e infra-estruturas de suporte. Ao todo, foram registadas 158 ocorrências que precisaram da atenção do pessoal médico no local.
Em entrevista à Marketeer, Sofia Lourenço, médica coordenadora da unidade de Atendimento Urgente de adultos do Hospital Lusíadas Lisboa, faz um balanço da actuação no festival. Recorde-se que este ano, além do MEO Kalorama, a Lusíadas Saúde já tinha assegurado os cuidados médicos no Primavera Sound Porto. Entre os próximos dias 7 e 9, irá rumar também a Faro para garantir a prestação de cuidados de saúde no Festival F.
A Lusíadas Saúde foi patrocinadora e serviço médico oficial do MEO Kalorama. Como foi planeada e montada toda esta operação?
A Lusíadas Saúde prepara o serviço médico e as infra-estruturas que o constituem de acordo com as características, duração, adesão e tipo de público dos festivais.
Para o MEO Kalorama, foi assegurada uma equipa de 30 profissionais por dia, que estiveram a prestar apoio entre as 14h e a 1h, e foram distribuídos por duas equipas de suporte avançado de vida e seis equipas de suporte básico de vida, bem como pelas infra-estruturas fixas, constituídas por um centro médico e três ambulâncias, que foram posicionadas de forma estratégica para suportar a acção das equipas no recinto e ajudá-las a prestar os cuidados de saúde necessários ao público.
Que medidas foram tomadas ao nível da prevenção, antes e durante o evento?
A Lusíadas Saúde esteve empenhada em sensibilizar os festivaleiros para os cuidados necessários para garantirem o seu bem-estar e comunicou o seu papel no festival para que tivessem conhecimento de que era o serviço médico oficial do evento e de como e onde poderiam encontrar a equipa clínica.
Para tal, investiu na comunicação do tema, quer a nível dos meios de comunicação social, como nas suas redes sociais, e ainda na divulgação do contacto de emergência da equipa médica em pontos estratégicos do recinto.
Em paralelo, e com o intuito de prevenir cenários de emergência médica, a Lusíadas Saúde distribui equipas pelo recinto para prestar cuidados de saúde imediatos, no caso destes serem necessários e, assim, contribuir para evitar ocorrências de maior gravidade.
Quantas ocorrências foram registadas ao longo de todo o festival?
Durante os três dias do MEO Kalorama, a equipa da Lusíadas Saúde assistiu um total de 158 pessoas. As ocorrências mais frequentes foram ligeiras e incluíram traumatismos, ainda que minor, e desidratação leve.
O grupo Lusíadas Saúde conta com vasta experiência na prestação de serviços médicos em eventos musicais desta dimensão. Que benefícios é que este posicionamento no território da música tem trazido à marca?
A Lusíadas Saúde faz parte da história dos festivais de música. Somos, desde 2016, o serviço médico oficial do Rock in Rio. No Festival F estivemos presentes de 2017 a 2019 e retomámos, agora, a parceria. Este ano, chegámos também ao Porto Primavera Sound e, agora, ao MEO Kalorama.
A verdade é que este aposta e presença nos festivais permite-nos estar perto dos nossos clientes, aproximarmo-nos deles para garantir o seu bem-estar, uma vez que um dos nossos objectivos é cuidar das pessoas e das suas famílias nos mais variados momentos e fases da vida.
Como tal, ao estarmos conscientes dos riscos associados aos festivais, como as quedas, lesões ou exposição solar, achamos que é importante estar neste tipo de eventos para dar resposta a estes e outros possíveis incidentes, e garantir que as pessoas estão seguras e têm acesso a cuidados de saúde de excelência, de forma pronta e eficaz.
Esta presença em festivais também demonstra que as organizações dos festivais reconhecem o “saber cuidar” Lusíadas para lá das paredes dos nossos hospitais e clínicas. É um orgulho e também uma responsabilidade para todos os profissionais da Lusíadas Saúde.
Esta aposta será para manter no futuro?
Sabemos a importância destes eventos lúdicos para o bem-estar das pessoas e, como tal, queremos estar alinhados com as necessidades e interesse dos portugueses. Os festivais, de média e elevada dimensão e projecção reconhecem, por um lado, a importância de um serviço médico oficial e, por outro, a experiência, a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde prestados pela Lusíadas Saúde.
A par disso, acreditamos que os cuidados de saúde não devem dizer respeito apenas ao contexto hospitalar, e que deve existir uma aposta em outros formatos, como consultas digitais ou serviços ambulatórios. Assim, estar presente onde os nossos clientes estão é também garantir que eles têm acesso aos melhores cuidados de saúde, mesmo que num contexto de lazer, e a Lusíadas Saúde tem vindo a reforçar a sua aposta nesse sentido.
E que conselhos daria aos festivaleiros para que possam desfrutar deste tipo de eventos e evitar quaisquer problemas de saúde ou bem-estar?
Apesar dos festivais darem palco à diversão, por vezes, também levam à ocorrência de incidentes que podem colocar em causa o bem-estar e segurança do público. Assim, é necessário que os festivaleiros estejam conscientes dos seus limites e dos vários aspetos a ter em consideração aquando da sua ida a um festival.
Os nossos conselhos passam por: utilizar chapéu; ingerir água e/ou bebidas sem açúcar para prevenir cenários de desidratação e insolação; evitar excessos, tendo como princípio o consumo consciente e cuidado de álcool; escolher roupa e calçado confortável para prevenir desconforto, feridas nos pés e possíveis quedas; no caso de sofrer de alguma patologia, ter a medicação consigo para evitar cenários de emergência e/ou mau estar; e, saber sempre onde está a ajuda, ou seja, onde encontrar o serviço médico do festival, ou como o contactar.
Texto de Daniel Almeida