Coca-Cola: perigo de cancro alerta consumidores brasileiros

Um estudo divulgado pelo Center for Science in the Public Interest (CSPI) alerta que a receita da Coca-Cola vendida no Brasil contém 66 vezes mais quantidade de uma substância química potencialmente cancerígena do que o produto comercializado nos Estados Unidos.

A substância em causa denomina-se 4-metilimidazol (4-MI), também conhecida como corante de caramelo e, segundo a CPSI, uma associação americana de desfesa do consumidor, está associada a casos de cancro em animais. Em Março passado, um estudo semelhante da mesma entidade levou a que as marcas de refrigerantes Coca-Cola e Pepsi alterassem a sua receita no estado da Califórnia, para evitar colocar um rótulo de perigo oncológico nas embalagens.

De acordo com o estudo mais recente da CPSI, enquanto as análises aos refrigerantes vendidos na Califórnia revelaram apenas 4 microgramas de 4-MI por lata de bebida (a lei daquele estado impõe um limite máximo de 29 microgramas), a Coca-Cola disponível no Brasil continua a ter 267 microgramas daquela substância por lata.

Em reacção ao novo estudo, a Coca-Cola defendeu que o corante usado em todos os seus produtos é seguro, e que só solicitou, a partir de Março, a alteração aos fornecedores para se adequar às regras do estado californiano. Recorde-se que, na altura, a FDA (Food and Drug Administration), a autoridade que regula o sector alimentar e farmacêutico nos EUA, deu razão à marca, ao afirmar que não está provado que o 4-MI tenha o mesmo efeito sobre os seres humanos que tem sobre os animais.

De qualquer forma, a Coca-Cola anunciou que está a tomar as medidas necessárias para expandir a receita actualmente utilizada na Califórnia a novos territórioss. “Pretendemos ampliar o uso do caramelo modificado, por forma a agilizar e simplificar a nossa cadeia de fornecimento e os sistemas de fabrico e distribuição”, disse a empresa em comunicado, citado pela Exame brasileira.

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