CMVM e Banco de Portugal emitiram mais de 300 alertas sobre influenciadores financeiros desde a pandemia
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e o Banco de Portugal (BdP) já emitiram mais de 300 alertas sobre atividades não autorizadas de aconselhamento financeiro ou intermediação de crédito desde a pandemia de Covid-19.
A informação, avançada pelo jornal “Expresso” após um levantamento junto das duas entidades, revela que antes da pandemia, em 2019, a CMVM tinha emitido apenas quatro alertas relacionados com esta questão. No ano seguinte, já em plena pandemia, esse número disparou para 42 e continuou a crescer até aos 97 avisados de que o regulador tem registo até hoje.
Em causa os chamados “influenciadores financeiros”, quase todos com milhares de seguidores nas redes sociais. De acordo com o semanário, estes vendem produtos financeiros ou prestam serviços de aconselhamento e quase todos geram rendimentos a partir desse aconselhamento ou derivados.
Já o BdP alertou, desde 2020, 230 entidades que atuavam nas redes sociais como intermediários de crédito sem que tivessem autorização para o fazerem. Em 2019, antes da pandemia, havia registo de apenas oito alertas.
Apesar do elevado número de alertas, não foi aplicada qualquer sanção até ao momento.