Clima económico não desanima empresas portuguesas: 7 em 10 quer recrutar mais este ano

Apesar do clima económico adverso que se faz sentir um pouco por todo o mundo e nos diversos sectores, sete em cada dez empresas tem perspectivas de crescimento e maioria quer recrutar mais em 2023. A conclusão é do estudo “2023: o que vai mudar na gestão de pessoas”, desenvolvido pela Neves de Almeida HR Consulting e pelo ISCTE Junior Consulting, traçando um retrato da realidade do mercado de trabalha e gestão de pessoas este ano.

Os objectivos de crescimento, de acordo com o estudo, são transversais a todos os sectores analisados e a dimensão da organização não parece impactar estas perspectivas. Entre os sectores mais optimistas, destaca-se o dos Transportes e Infraestruturas, cuja totalidade dos inquiridos antecipa o ano de 2023 com um forte crescimento (100%), seguido pelos sectores da Energia (86%), e da Saúde e Farmacêutico (83%). Por outro lado, os sectores da Indústria, Retalho e Turismo esperam manter, ou mesmo reduzir, o seu negócio em 2023.

A acompanhar estas perspectivas de crescimento do negócio está também a necessidade de reforçar a força laboral, com a maioria das empresas a prever aumentar (44%) ou igualar (37%) a aposta no recrutamento face a 2022. Neste critério apenas uma minoria pretende diminuir o recrutamento (19%). Em 2023, será o sector da Energia o que mais apostará no recrutamento, seguindo-se o Turismo e o sector das Tecnologias, Media & Telecomunicações (TMT).

«A necessidade de aumentar ou igualar a aposta no recrutamento é transversal a todos os sectores. Este fenómeno pode ser explicado pelo ambiente competitivo que existe relativamente à procura de talento. As empresas estão a dedicar cada vez mais recursos ao recrutamento, pois só através de colaboradores qualificados conseguirão potenciar o seu negócio», sublinha, em comunicado, Pedro Rocha e Silva, CEO da Neves de Almeida HR Consulting.

Um ano dedicado à formação em liderança

Em 2023, e tendo em conta os desafios esperados para este ano, a maioria das empresas pretende reforçar a formação em liderança e as estratégias que promovam uma cultura de feedback dentro da organização. Entre as principais apostas surgem ainda o reforço de iniciativas de promoção de employer branding, a promoção de engagement e a aposta no desenvolvimento de políticas de bem-estar.

Relativamente ao sector de actividade, as apostas diferem principalmente na ordem prioritária atribuída a cada uma destas apostas. Para a Indústria, Serviços e Retalho, a prioridade para este ano está centrada na formação de liderança. Já nas empresas de Tecnologia, Media e Telecomunicações, o foco estará em iniciativas de promoção de engagement. Por outro lado, o sector Financeiro, identifica que há uma maior necessidade de reforçar a cultura de feedback, e no sector da Saúde e Farmacêutico a aposta recairá em iniciativas de promoção de employer branding.

Artigos relacionados