Cinco truques simples para não se deixar enganar na altura de comprar azeite no supermercado

Não lhe chamam o ‘ouro líquido’ à toda e, nos últimos anos, tem estado numa escalada de preço sem precedentes e já leva os consumidores a procurar alternativas a um ingrediente essencial na culinária mediterrânea e na tradição gastronómica portuguesa.

No entanto, na hora de comprar é importante saber que nem todos os azeites têm a mesma qualidade, pelo que é necessário estar atento a alguns detalhes para evitar cair no engano.

Segundo indicam especialistas ao El Confidencial, deve ter atenção a estes cinco ‘truques’ que lhe podem dizer se está perante um azeite de boa qualidade.

Verifique se azeite virgem extra é o único ingrediente
O azeite virgem extra é o de mais alta qualidade, mantendo todas as propriedades organoléticas e nutricionais da fruta. Obtém-se diretamente da azeitona através de vários processos mecânicos, em condições de temperatura abaixo dos 27ºC e sem recorrer a tratamentos com químicos ou aditivos.
Por isso, verifique que o único ingrediente é azeite virgem extra. Se no rótulo ler outros ingredientes, nomeadamente azeites refinados, aromas, óleos de sementes, óleos alimentares, ou corantes, o mais provável é estar diante de um produto de baixa qualidade, ou qualquer coisa que nem azeite é.

Olhe ao tipo de extração
O método mais adequado para obter o melhor azeite virgem extra á a extração a frio, em que o óleo extraído da azeitona é passado por um material poroso, que retêm as impurezas que ficam em suspensão. Assim consegue-se um produto final mais limpo, transparente e brilhante, mantendo os sabores e aromas delicados, bem como os antioxidantes naturais do azeite, sem se alterar.

A extração, assim, deve ser feita a uma temperatura sempre inferior a 27ºc, o que garante que o óleo não perde as suas qualidades.

Na altura de escolher a garrafa na prateleira, opte pelas que têm esta indicação no rótulo. Caso contrário, poderá ter sido extraído a temperatura mais elevada, o que prejudica a qualidade do azeite.

Prefira acidez mais baixa
O nível de acidez é outro indicador da qualidade de um azeite. Está relacionado com a quantidade de ácidos gordos livres presentes no azeite e que se manifesta em percentagem de ácido oleico. Quanto maior for, menos a qualidade do azeite – indica que pode ter-se deteriorado ou que as azeitonas usadas na sua produção não eram de variedade adequada ou estavam em más condições.

Segundo a regulamentação, um azeite virgem extra não pode ultrapassar 0,8% de acidez. Já o azeite virgem não pode ultrapassar os 2%.

Escolha a embalagem apropriada
A embalagem é de grande importância para que o azeite possa preservar o seu sabor e qualidade, pois é um produto muito sensível ao ar, ao calor e à luz, que além dos vestígios metálicos podem afetá-lo e provocar a sua descoloração. perda de propriedades.

Por isso, o recipiente deve proteger o óleo contra agentes externos, sendo a melhor opção os de vidro escuro que não permitem a penetração da luz, bem como os de aço inoxidável. Embora sejam comuns quando vamos ao supermercado, os recipientes de plástico ou lata são os menos recomendados, pois podem transmitir odores ou sabores ou conter substâncias tóxicas.

Da mesma forma, é aconselhável escolher recipientes pequenos ou médios, pois depois de abertos o azeite oxida mais rapidamente. Assim, podem ser consumidos em menor espaço de tempo, embora devam ser sempre mantidos bem fechados e em local fresco e protegido dos raios solares.

Tenha em conta a sua denominação de origem
Por último, mas não menos importante, é necessário prestar atenção à denominação de origem do azeite, pois é uma marca de qualidade que certifica a origem e características do produto.

É possível encontrar diferentes denominações de origem, que podem garantir que o azeite é de boa qualidade e que foi produzido sob critérios sustentáveis e segundo a tradição, além de possuir propriedades organoléticas diferenciadas e únicas. É também uma forma de apoiar os produtores locais.

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