ChatGPT já foi usado por 1 em cada 2 internautas. Mas muitos nunca ouviram falar
De acordo com os dados do Grupo Euroconsumers, cerca de 1 em cada 2 entrevistados relatou já ter experimentado o ChatGPT ou sistemas baseados em Inteligência Artificial, 18% “usa de vez em quando” e 12% fâ-lo “com frequência”. A diferença de idades dos utilizadores é grande: 75% dos 18 aos 34 anos já experimentou o ChatGPT e no grupo dos 55 aos 74 anos apenas 29%.
Os motivos mais apresentados para não usar o ChatGPT foram “nunca ouvi falar”, seguido de “preocupações com a privacidade” e “falta de confiança nas respostas geradas”. No lado inverso, as principais razões para os entrevistados usarem o ChatGPT é a procura de informações (68%), seguido da necessidade de redigir textos (62%), de resumir a informação (37%), obter inspiração (31%) e gerar imagens (25%).
De um modo geral, os utilizadores do ChatGPT tendem a ter uma experiência sem complicações, estando a maioria “satisfeita” com o serviço prestado (84%), devido à facilidade de registo, facilidade de utilização, fiabilidade das respostas e eficiência na geração de conteúdos.
Ao todo, 33% de todos os entrevistados (utilizadores, ou não, do ChatGPT) está convencido de que esta ferramenta de inteligência artificial pode ajudar a economizar muito tempo em várias áreas profissionais. Contudo, quase o mesmo número de inquiridos (34%) acredita que isso tornará as pessoas mais preguiçosas ou levará a mais desemprego (28%).
No que toca à privacidade, os usuários do ChatGPT tendem a confiar que a sua privacidade está garantida ao usar a ferramenta ou sistemas semelhantes. Metade dos entrevistados (48%) expressa confiança moderada e 37% confiança elevada. Mas cerca um terço de todos os entrevistados expressara a sua preocupação de que a Inteligência Artificial levará a um maior abuso de tratamento de dados privados (34%).
Neste sentido, apenas 21% de todos os inquiridos confia nas autoridades europeias para um controlo eficaz sobre os dados recolhidos através do ChatGPT. Apenas 1 em cada 10 entrevistados considera a legislação actual adequada o suficiente para regular com eficiência as actividades baseadas em IA e a maioria (55%) está convencido de que a IA nunca deve ser usada para vigilância dos cidadãos.