Cepsa: Proteger o ambiente e as pessoas

Ir mais longe no que diz respeito às zero emissões (net zero) e chegar ao Net Positive são os objectivos da nova estratégia da Cepsa em Espanha e em Portugal. Para lá chegar, a companhia estabeleceu um ambicioso plano para reduzir as suas emissões, situando-se como uma referência no seu sector. Especificamente, em 2030, a empresa quer reduzir as suas emissões de CO2 em 55%, face a 2019, e aspira alcançar zero emissões em 2050.

A nova visão de negócio da companhia (“Positive Motion”) será composta por dois ecossistemas: mobilidade sustentável e new commerce, e energia sustentável. Tudo isto alimentado pelos Energy Parks e pelas alianças que a Cepsa tem com outros parceiros estratégicos.

Nesta nova estratégia da Cepsa, a descarbonização do transporte rodoviário e a mobilidade do cliente final vão desempenhar um papel fundamental. Será desenvolvido o maior ecossistema de mobilidade eléctrica em Espanha e Portugal, em conjunto com a Endesa, desenvolvendo a mais ampla rede de carregamento ultra-rápido em estrada, que atingirá um rácio mínimo de um carregador de 150 kW a cada 200 quilómetros nas principais estradas e vias interurbanas.

Do mesmo modo, esta estratégia incluirá a instalação de entre sete mil e 10 mil pontos de carregamento ultra-rápidos para carros eléctricos, com potência de pelo menos 150 quilowatts (kW) e um tempo de carregamento em torno de 10 minutos. Em Portugal, a Cepsa poderá ter entre 1100 e 1600 pontos de carregamento ultra-rápidos até 2030.

Os postos de abastecimento da Cepsa, que representam a segunda maior rede de Espanha e Portugal, serão transformados em espaços digitalizados, que oferecerão uma grande variedade de serviços de ultraconveniência e restauração. A ideia é que estes espaços passem a incluir alimentos frescos, parafarmácia, e-Commerce, pontos de recolha de encomendas e serviço de lavagem sustentável de veículos, bem como soluções multienergia para o abastecimento em estrada.

O objectivo desta alteração é transformar os postos de abastecimento em locais onde as pessoas podem estar confortavelmente a fazer compras ou a passar o tempo enquanto a bateria do carro carrega. Já arrancou um projecto-piloto com este conceito em diferentes localizações em Espanha, sendo objectivo implementá-lo brevemente em Portugal.

Além disso, a Cepsa vai apostar numa cultura baseada em dados, utilizando analítica avançada para transformar a experiência do cliente e dar impulso ao seu programa de fidelização. E, através da tomada de decisões, baseada em inteligência artificial, a companhia será capaz de oferecer serviços integrais em tempo real.

ENERGIAS ALTERNATIVAS

A energia sustentável é o segundo grande ecossistema da nova estratégia da Cepsa, e centrar-se-á na aceleração da descarbonização dos clientes industriais, do transporte aéreo e marítimo, bem como da própria companhia, através da produção de moléculas verdes, principalmente no que diz respeito ao hidrogénio renovável e biocombustíveis.

A Cepsa, que é actualmente um dos principais produtores espanhóis de hidrogénio, quer liderar em 2030 a produção de hidrogénio verde na Península Ibérica e fixou a meta de estabelecer até 2030 um posto de abastecimento a cada 300 quilómetros, nos corredores que ligam Espanha à Europa. Desta forma, tornar-se- -á uma referência na importação e exportação desta energia para o continente europeu, África e Médio Oriente, graças à localização privilegiada das suas instalações na Península Ibérica.

Paralelamente, a marca refere também que «a sua ampla experiência na produção e abastecimento energético e o seu conhecimento técnico permitirão liderar a produção de biocombustíveis de segunda geração, com uma produção de 2,5 milhões de toneladas por ano em 2030, promovendo assim a economia circular».

Para concretizar esta nova estratégia, a Cepsa vai apostar na conversão das suas refinarias em parques energéticos diversificados e sustentáveis. Estas instalações estão estrategicamente localizadas no sul da Europa, junto aos principais portos, proporcionando aos grandes clientes industriais acesso privilegiado a mercados-chave. Da mesma forma, serão implementadas tecnologias baseadas em inteligência artificial e analítica avançada para optimizar os seus processos e reduzir o impacto ambiental da actividade dos seus centros industriais.

No domínio das energias renováveis, a Cepsa desenvolverá um portefólio de projectos de energia solar e eólica para o seu próprio consumo, com uma capacidade de 7 GW, dos quais 1,5 GW já têm ligação à rede.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Entre as várias iniciativas de responsabilidade social da Cepsa, destaca-se a entrega anual dos Prémios ao Valor Social Cepsa, cujos vencedores da edição deste ano, a 18.ª, já são conhecidos. No âmbito desta iniciativa, a Fundación Cepsa irá apoiar com um total de cerca de 65 mil euros as cinco instituições nacionais vencedoras, como reconhecimento pelo trabalho desenvolvido.

Na edição deste ano, os Prémios ao Valor Social distinguiram em Portugal o projecto “Oncologia Pediátrica – Informação que faz a diferença”, criado pela FROC – Fundação Rui Osório de Castro. O projecto tem como objectivo aumentar a literacia em saúde através da divulgação de informação rigorosa, criteriosa e de fácil compreensão sobre oncologia pediátrica.

Também a Associação Betel foi distinguida com o seu projecto “Reconstruindo com retalhos”, que tem como objectivo a criação de um atelier de costura e artesanato, como terapia ocupacional para reabilitação física, psicológica, social e profissional para pessoas em situação de exclusão social. Através da reciclagem e recuperação de materiais têxteis em fim de vida, criando novos produtos, o projecto visa fornecer novas competências fundamentais para a reintegração social.

O projecto “Reutilizar, transformar e incluir – Rede de Lojas Eco-Solidárias”, da Solidaried’Arte, foi outros dos vencedores. Assente numa lógica de ajuda mútua e reciprocidade na valorização das competências das pessoas que se encontram numa situação de risco de exclusão social e pobreza, a iniciativa assenta no sistema de recolha, selecção, tratamento, restauro e venda de roupa e outros bens, a preços simbólicos, promovendo a economia social, economia verde e economia circular.

O projecto “Casa do Mundo – Porto Intercultural”, da associação Espaço T, é um espaço que albergará um conjunto alargado de instituições/associações que trabalham em diferentes áreas para a promoção da interculturalidade, a inclusão das comunidades imigrantes e a sensibilização para a aceitação da migração e o combate à discriminação e xenofobia.

Foi também distinguido o projecto “Casa do Pão”, promovido pela Associação Vale de Acór, que pretende criar melhores condições nas infra-estruturas do fabrico de pão, ajudar na capacitação dos utentes em final de programa terapêutico e dinamizar respostas de empregabilidade. O painel de jurados que elegeu os cinco projectos nacionais nesta edição dos Prémios ao Valor Cepsa foi presidido por Conceição Zagalo, empreendedora social, contando ainda com cinco elementos da Cepsa Portuguesa.

Desde a sua primeira edição, os Prémios de Valor Social já atribuíram cerca de quatro milhões de euros para a promoção de 424 projectos sociais no mundo inteiro.

Quanto a outras iniciativas, e para reforçar as suas políticas ambientais, sociais e de bom governo, a Cepsa vinculou a retribuição dos seus directores aos objectivos ESG: 15% a 20% dos seus salários variáveis dependerão, assim, do cumprimento desses objectivos.

No que diz respeito à Agenda das Nações Unidas 2030, a organização estabeleceu como prioridades quatro Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): ODS 7 (acesso a energia acessível e limpa), ODS 8 (trabalho decente e crescimento económico), ODS 12 (produção e consumo responsáveis) e ODS 13 (acção climática).

Por tudo isto, recentemente, algumas das principais agências de notação de sustentabilidade reconheceram a Cepsa como uma referência na sua indústria. Em concreto, a Sustainalytics atribuiu à companhia o primeiro lugar como empresa independente de petróleo e gás a nível global, e a S&P CSA (Corporate Sustainability Assessment) colocou-a no primeiro quartil do sector energético.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Sustentabilidade e Responsabilidade Social”, publicado na edição de Dezembro (n.º 317) da Marketeer.

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