CEO da Coca-Cola alerta para subida dos preços
As últimas idas ao supermercado têm-lhe saído mais caras, ainda que compre os mesmos produtos? Não está a imaginar nem a fazer mal as contas, já que alguns preços têm vindo a subir gradualmente devido ao aumento dos custos da matéria-prima, da produção e da mão-de-obra. Segundo James Quincey, CEO da Coca-Cola, os consumidores têm aceitado esta subida até agora, mas a situação pode alterar-se em breve.
O cenário que o director-executivo da empresa norte-americana pinta refere-se à realidade dos EUA, onde o governo tem injectado dinheiro na economia durante o período pandémico, de forma a que os cidadãos consigam fazer frente às consequência trazidas pela Covid-19. Desde de Março de 2021, e com base num pacote financeiro de 1,9 milhões de milhões de dólares, aqueles com rendimentos mais baixos receberam cheques de até 1400 dólares mensais.
Porém, estas circunstâncias vão mudar e a inflacção vai fazer-se sentir verdadeiramente, assegura James Quincey, citado pela CNN Business. «É mais fácil aumentar os preços num ambiente de estimulação, mas torna-se muito mais difícil quando há um verdadeiro aperto nos rendimentos.»
A justificar as previsões está a subida em 7,5% do índice de preços do consumidor, um barómetro que ajuda a medir os níveis de inflacção, no ano fiscal que terminou em Janeiro de 2022 – este é o maior aumento anual de preços desde Fevereiro de 1982. E, embora os salários estejam a aumentar, essa subida não é significativa tendo em conta os preços mais elevados e uma vez que, para alguns trabalhadores, os ordenados caíram ao longo dos últimos dois anos devido à inflacção.
Ainda assim, com estas afirmações o CEO da Coca-Cola não se descarta de um aumento do valor dos produtos da empresa, até porque os preços já subiram no ano passado e nada impede que o mesmo volte a acontecer em 2022.