Carsharing chega à Brisa com DriveNow

A Brisa vai lançar até ao final deste ano o serviço de carsharing da DriveNow. A informação foi hoje revelada em conferência de imprensa do Grupo Brisa que contou com responsáveis das duas empresas e também com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.

Vasco Mello, presidente do Grupo Brisa, salientou que a «operação da DriveNow com a Brisa, em Lisboa, será uma mais-valia relevante para a mobilidade partilhada da capital e um momento importante na concretização da estratégia da empresa como operador de mobilidade em Portugal». Vasco Mello explicou que o mundo da mobilidade está a mudar dando origem a novos comportamentos, uma nova consciência ambiental e novos operadores disruptivos. Com a consciência destas mudanças, a Brisa fez uma mudança de foco dos carros para as pessoas, deixando de ser um mero gestor de infraestruturas. Neste contexto, a Brisa tem vindo a desenvolver sistemas tendo em vista a mobilidade de que são exemplo a cobrança de estacionamento de superfície através da Via Verde, o transporte ferroviário com a Fertagus e o serviço Via Verde Boleias anunciado há 15 dias. É neste enquadramento que nasce «a operação de carsharing que pretende trabalhar para o desenvolvimento de soluções de mobilidade para a cidade de Lisboa», salientou Vasco Mello. «Queremos que seja uma mais-valia para a mobilidade dos que vivem, trabalham ou visitam Lisboa», acrescenta.

A DriveNow é uma joint venture do BMW Group e da Sixt SE para o carsharing. Foi criada em 2011 e permite conduzir veículos das marcas BMW e Mini, tendo perto de um milhão de clientes registados que têm acesso ao serviço através de uma app. Até ao momento a DriveNow está presente em 12 cidades europeias de 8 países com um total de 5.600 veículos (Munique, Berlim, Hamburgo, Düsseldorf, Colónia, Viena, Bruxelas, Milão, Estocolmo, Copenhaga, Helsínquia e Londres). No sistema da DriveNow – disponível 24 por dia, sete dias na semana – os utilizadores têm carros espalhados pela cidade podendo ser deixados estacionados também em qualquer ponto da cidade. O pagamento é feito por minuto estando tudo incluído, desde o parque ao combustível. O registo inicial dos utilizadores é feito on-line e, a partir daí, através da app instalada nos seus telefones conseguem ver a localização dos veículos, reservar aquele que lhe interessar e estabelecer um percurso. É também através da app que se consegue abrir o carro e terminar o aluguer.

Fernando Medina considera que este é «um grande projecto para a cidade de Lisboa, que vai melhorar a qualidade de vida dos que trabalham, vivem e visitam a cidade». O mesmo responsável salientou que as pessoas têm necessidade de se mover e que o transporte individual provou não ser uma forma sustentável para o futuro. «Hoje 370 mil automóveis entram por dia em Lisboa. De cada vez que a economia da cidade melhora, aumentam os problemas de tráfego. Nos últimos dois anos há mais 15 mil veículos a entrar por dia em Lisboa.» O que o presidente da Câmara pretende para Lisboa é o aumento da mobilidade, a redução dos congestionamentos e a melhoria do ambiente. Para isso há que ter um bom sistema de transportes, ligar peças que estão desarticuladas (como estacionamentos em articulação dos os transportes) e apostar em soluções de partilha de bicicletas, motas e veículos.

As equipas da Brisa e da DriveNow estão a trabalhar na adaptação do serviço às especificidades da mobilidade na cidade de Lisboa. Mais novidades sobre essas especificidades serão reveladas apenas entre o final do mês de Agosto e o início do mês de Setembro.

Texto de Maria João Lima

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