Carlos Tavares apontado como futuro CEO da Peugeot

i961lKdRf4nc_2O gestor português Carlos Tavares, que abandonou a Renault há cerca de três meses, pode estar a caminho de liderar outra fabricante francesa, a PSA Peugeot Citroën, já a partir de 2014.

De acordo com uma notícia avançada pela agência Bloomberg, que cita fontes ligadas ao processo, o Conselho de Administração da PSA Peugeot Citroën já aprovou a contratação de Carlos Tavares para se tornar o número dois do grupo. Mas esta posição será apenas temporária, já que a partir do próximo ano o português, de 55 anos, deverá suceder a Phillipe Varin, 61 anos, no cargo de presidente executivo da PSA Peugeot Citroën. Segundo a Bloomberg, o anúncio oficial deverá ser feito ainda hoje.

A PSA Peugeot Citroën já tinh anunciado ontem que estava à procura de um executivo para liderar as áreas de estratégia e operações da companhia.

Recorde-se que Carlos Tavares demitiu-se em Agosto passado da Renault, onde era número dois, porque ambicionava chegar à liderança de uma fabricante automóvel. Uma ambição que parecia complicada de concretizar na Renault, uma vez que o brasileiro Carlos Ghosn deverá permancer no cargo de CEO durante mais alguns anos.

Agora o seu nome surge na imprensa internacional como a hipótese mais forte para liderar a PSA Peugeot Citroën. Uma tarefa que se afigura complicada, dada a pressão para tornar o grupo novamente rentável: na primeira metade deste ano, a PSA Peugeot Citroën reportou um prejuízo operacional de 510 milhões de euros. Desde que Phillipe Varin assumiu as rédeas do grupo em 2009, a PSA Peugeot Citroën tem vindo a reduzir os investimentos, anunciou o encerramento de uma fábrica nos arredores de Paris e a eliminação de 11.200 postos de trabalho em França.

De resto, a fabricante francesa tem sido uma das principais afectadas pela crise no mercado automóvel europeu, que representa mais de 50% das suas vendas globais. Com o objectivo de reduzir a sua dependência do mercado europeu, a PSA Peugeot Citroën tem vindo a procurar reforçar a sua parceria com a chinesa Dongfeng Motor, tendo inclusive proposto à empresa asiática uma injecção de capital mínima de três mil milhões de euros em troca de uma posição de 20% no grupo (igual à do Estado francês).

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