Cargo de director Criativo tem fim à vista?

Os directores Criativos tal como os conhecemos hoje têm os dias contados. Não é que o cargo deixe de existir, mas as responsabilidades que assume e a forma como trabalham deverá mudar radicalmente ao longo dos próximos anos. Quem o diz é George Penston, vice-presidente de Produto e Design na plataforma de gestão criativa Flite.

Num artigo publicado pela AdAge, George Penston critica os directores Criativos que continuam presos ao passado e às funções que sempre desempenharam: mapear a identidade da marca, desenvolver alguns protótipos no Photoshop e, depois, entregar o assunto a outras pessoas. O problema, refere o responsável, é que este tipo de mentalidade já não é suficiente para a realidade actual do Marketing, já para não falar do futuro.

Os directores Criativos terão de alargar o seu leque de capacidades e aumentar também as fases do trabalho em que estão envolvidos. Um dos exemplos referidos pelo responsável da Flite é a familiarização com UX design – dedicado à experiência de utilizador. Esta será uma das capacidades base para um director Criativo.

Outra mudança apontada por George Penston está relacionada com a relação do director Criativo com o responsável de Marketing. Os dois têm de trabalhar de forma mais integrada e discutir o desenvolvimento da campanha em conjunto.

 A ascensão da robótica

Embora George Penston não acredite que os robôs sejam capazes de dominar por completo a indústria criativa, eliminando a necessidade de contratar um director Criativo – pelo menos na próxima década -, o profissional está confiante na importância da robótica e do digital.

O director Criativo deverá continuar a guiar o processo de criação, mas grande parte dos processos serão automatizadas, incluindo a definição da melhor combinação de imagem e texto e o melhor espaço para colocar o anúncio.

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