Capacitar equipas: 5 formas como as políticas de segurança de marketing interno podem beneficiar as organizações

Por Rui Duro, country manager da Check Point Software Technologies em Portugal

A frustração dos utilizadores com as políticas de segurança das empresas é uma história tão antiga como as próprias políticas. Inicialmente, as medidas de segurança eram rudimentares, envolvendo frequentemente uma simples protecção por palavra-passe e controlos de acesso básicos. No entanto, à medida que a tecnologia avançava e as ciberameaças se tornavam mais sofisticadas, as empresas aumentaram os seus protocolos de segurança. Esta intensificação conduziu frequentemente a políticas mais complexas e rigorosas, que, embora necessárias para a protecção, também se tornaram fontes de frustração para os utilizadores. A introdução da autenticação multifactor, as frequentes mudanças de palavra-passe e o acesso restrito a determinados websites ou ferramentas em nome da segurança começaram a ser vistos como impedimentos à produtividade e à eficiência.

Com o passar do tempo, o fosso entre as medidas de segurança e a conveniência do utilizador aumentou, o que levou a uma reacção negativa significativa.

Os funcionários deram por si a passar mais tempo a navegar pelos obstáculos de segurança do que a trabalhar. A frustração foi agravada pela falta de compreensão das razões subjacentes a estas políticas, que eram frequentemente mal comunicadas pelos departamentos de TI. Como resultado, em vez de serem vistas como uma salvaguarda, as políticas de segurança eram frequentemente encaradas como um incómodo, levando a uma cultura de incumprimento e, ironicamente, a uma maior vulnerabilidade a violações de segurança. Esta história sublinha o desafio permanente para as empresas de equilibrar a necessidade de uma segurança robusta com a experiência do utilizador final, assegurando que os funcionários não só cumprem as normas, como também compreendem e apoiam a lógica subjacente às medidas de segurança em vigor.

A Solução: Marketing interno

Uma boa estratégia de marketing é crucial para qualquer empresa que pretenda prosperar no actual panorama competitivo. Funciona como um roteiro, orientando a empresa para os seus objectivos, visando eficazmente o público certo com a mensagem certa. O mesmo se pode dizer de uma boa estratégia de “marketing interno”. Ao comercializar internamente boas práticas de segurança, damos aos nossos funcionários a possibilidade de se tornarem participantes activos na nossa estrutura de segurança.

Apresento assim cinco maneiras pelas quais o marketing interno pode beneficiar as organizações:

– Cria uma força de trabalho consciente da segurança: A comunicação regular sobre as melhores práticas de segurança educa e relembra a nossa equipa do seu papel fundamental na protecção dos bens da empresa.

– Incentiva a vigilância: Um funcionário bem informado tem maior probabilidade de reconhecer potenciais ameaças e agir prontamente, reduzindo o risco de violações.

– Cultiva um ambiente de colaboração: A partilha de conhecimentos e responsabilidades em matéria de segurança reforça o trabalho em equipa e cria uma frente unida contra as ameaças.

– Promove a conformidade: Compreender o “porquê” por detrás das políticas de segurança incentiva a adesão, tornando a conformidade um objectivo partilhado em vez de um mandato de cima para baixo.

– Mudança cultural: Um enfoque na segurança pode mudar a cultura da empresa para uma em que a segurança é vista como uma responsabilidade de todos, e não apenas do departamento de TI.

Ao defender as melhores práticas de segurança dentro das instalações, as organizações não só se protegem, como também contribuem para uma luta mais alargada contra as ciberameaças. Assim, é crucial tentar utilizar estratégias de marketing internamente e fazer da segurança uma parte da identidade empresarial.

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