Campanha de sensibilização alerta para os efeito desta doença “invisível”

A associação Myos lançou uma nova campanha que visa consciencializar a população portuguesa para a encefalomielite miálgica, ou síndrome da fadiga crónica, uma doença que é considerada “invisível”, mas tem efeitos reais.

“Estou bem” é o mote desta campanha que pretende assinalar o Dia Mundial da encefalomielite miálgica/síndrome da fadiga crónica (EM/SFC), que se celebra no próximo dia 12, bem como as duas décadas de existência da associação.

Com esta campanha, a Myos pretende alertar a população de que, apesar de uma pessoa “parecer bem”, pode estar a vivenciar um conjunto de sintomas geralmente mal compreendidos, associados ao síndrome da fadiga crónica, uma doença multisistémica complexa que pode ser “extremamente debilitante”. Os principais sintomas incluem o mal-estar após realizar esforços mínimos, fadiga profunda, intolerância ortostática, sono não reparador, dores de cabeça, confusão mental, dificuldade em concentrar-se, falta de memória, dor e hipersensibilidade, entre outros.

O aparecimento dos sintomas é geralmente repentino e começa por um mal-estar semelhante ao da gripe ou a uma síndrome infecciosa. Alguns especialistas acreditam que a EM/SFC pode ser desencadeada por alterações genéticas associadas à exposição a determinados vírus e toxinas.

«Após 20 anos de existência continuamos a ser desafiados diariamente com o estigma associado à encefalomielite miálgica/síndrome da fadiga crónica e, por isso, precisamos de continuar a desenvolver medidas que previnam o isolamento e que fomentem a educação dos doentes, familiares, profissionais de saúde e população», afirma em comunicado Ricardo Jorge Fonseca, presidente da Myos.

Artigos relacionados