Calendário Google remove referências ao Pride e Holocausto. “Não era escalável nem sustentável” manter “centenas de momentos”, garante porta-voz
O Calendário Google removeu, sem qualquer anúncio, várias referências importantes, como o Mês do Orgulho/Pride LGBTQIA ou o Holocausto, tendo gerado nas redes sociais várias críticas sobre representação e visibilidade.
Até agora, estes eventos eram incluídos automaticamente na plataforma, mas, em 2025, estes desapareceram, levando a que muitos internautas acusassem a Google de ceder à pressão política.
i know this is maybe a silly haha tweet, but mr big corporation removing a holiday from its list won’t mean people’ll stop celebrating it, google might not say it’s black history month but it doesn’t erase the fact it’s happening
— 🪐pouinki🪐(the real simon) (@quasiminki) February 11, 2025
Perante a polémica, a Marketeer questionou a Google tendo o porta-voz da gigante tecnológica justificado que “manter centenas de momentos de forma manual e consistente a nível global não era escalável nem sustentável”.
“Há mais de uma década que trabalhamos com a timeanddate.com para mostrar feriados nacionais e datas comemorativas no Calendário Google. Há alguns anos, a equipa do Calendário Google começou a adicionar manualmente um conjunto mais amplo de momentos culturais num grande número de países em todo o mundo. Recebemos feedback de que alguns outros eventos e países estavam em falta — e manter centenas de momentos de forma manual e consistente a nível global não era escalável nem sustentável”, declarou.
Nesse sentido, em meados de 2024, a empresa optou por “mostrar apenas os feriados e datas comemorativas nacionais do timeanddate.com a nível global, permitindo, ao mesmo tempo, aos utilizadores adicionar manualmente outros momentos importantes”.
De acordo com a Google, os “momentos em causa incluíam numerosas ‘celebrações’ sobre vários temas em todo o mundo, como, por exemplo, o dia do professor”, mas, apesar de ter optado por mostrar apenas os feriados e datas comemorativas nacionais, a tecnológica garante que “continua a celebrar e a promover ativamente momentos culturais como empresa nos nossos produtos (por exemplo, o Mês da História Negra, o Ano Novo Lunar na última semana)”.
A empresa garante ainda que “é fácil para os utilizadores do Calendário Google personalizar quais as categorias de feriados que mostram, ocultam ou exibem, ou as quais que podem subscrever (Centro de Ajuda)”, concluindo que, “definitivamente, não é tão fácil noutros fornecedores de calendários”.