Calçado português mostra primeiros sinais de recuperação

Um estudo da APICCAPS apurou que 86% das empresas portuguesas de calçado já têm encomendadas para, pelo menos, um mês de trabalho. E 33% terão produção assegurada para os próximos três meses.

Os dados apontam que 46% das empresas entende que a produção actual é superior (17%) ou idêntica (29%) para a época do ano. Por esta altura, 2% das empresas permanece encerrada, fazendo recurso dos apoios disponibilizados pelo Estado.

«Todas as análises são ainda prematuras, na medida em que permanecemos dependentes da evolução da pandemia e mesmo do processo de vacinação, mas todos os sinais indicam que as empresas portuguesas de calçado têm conseguidos resistir e começam a revelar os primeiros sinais de confiança. Importa agora consolidar os resultados e esperar que as boas expectativas relativas a alguns mercados, como por exemplo os Estados Unidos, se possam efectivar», afirma Luís Onofre, APICCAPS.

Nos próximos seis meses, 81% das empresas não equaciona a provisão, mesmo que provisoriamente. 82%, entende que não será necessário fazer alterações ao nível do quadro de pessoal. E, pela primeira vez desde o inicio da pandemia, há mais empresas a equacionar novas contratações (10%) do que aquelas que entendem ser necessário reduzir o quadro de pessoal (9%).

Na lista das maiores preocupações mantém-se a redução das encomendas (63%?, seguindo-se a dificuldade de abastecimento de matérias-primas (44%).

O lay-off simplificado está a ser implementada por 7% das empresas, sendo que 82% das empresas não antevê a sua utilização no próximo semestre. Já 64% das empresas não antevê, para o próximo semestre o recurso “Mecanismo da Retoma Progressiva” nem à “Adaptabilidade de horário de trabalho” (60%).

O inquérito da APICCAPS foi respondido 99 empresas, responsáveis por sete mil postos de trabalho e um volume de negócios próximo dos 600 milhões de euros.

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