Vila Galé: Sob o encanto do Norte
É longa e consolidada a história da Vila Galé na região do Porto e Norte. O primeiro hotel do grupo a abrir na região foi o Vila Galé Porto, em 1999, uma unidade dedicada ao tema do cinema e que ainda hoje é conhecida por ser um dos edifícios mais altos da cidade. Seguiram-se os hotéis Vila Galé Collection Douro, inaugurado em 2015, Vila Galé Porto Ribeira, em 2017, Vila Galé Collection Braga, em 2018, e Vila Galé Douro Vineyards, em 2019, este último um agroturismo detido pela Xvinus, uma parceria entre a Vila Galé e o Grupo Madre.
As cinco unidades que a cadeia hoteleira detém nesta região distinguem-se na sua tipologia. Na Invicta, o Vila Galé Porto e o Vila Galé Porto Ribeira são hotéis marcadamente de cidade, muito centrais e com uma localização perfeita para quem deseja visitar as principais atracções locais. «O Vila Galé Porto Ribeira está, aliás, muito próximo da zona classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. Tem ainda a particularidade de ter sido o primeiro hotel paper free do grupo, ou seja, aqui tudo funciona praticamente sem recurso ao papel, sendo substituído pela utilização de dispositivos móveis e internet», sublinha Pedro Ribeiro, director de Marketing e Vendas da Vila Galé.
Já no Douro, outra região classificada como Património da Humanidade, o Vila Galé Collection Douro, em Lamego, e o Vila Galé Douro Vineyards, em Armamar (veja caixa), são unidades que estão naturalmente muito associadas aos principais produtos da região, como o enoturismo ou os passeios de barco no rio. O Vila Galé Douro Vineyards tem ainda a particularidade de estar localizado na Quinta do Val Moreira, onde a Vila Galé produz os vinhos com o mesmo nome.
Quanto ao Vila Galé Collection Braga, caracteriza-se por ter «o charme e a localização que definem esta submarca [Collection]», frisa Pedro Ribeiro. Como é apanágio do grupo hoteleiro, esta unidade está localizada num edifício histórico, o antigo Hospital de São Marcos, que data de 1508 e esteve em funcionamento até 2011. Em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Braga, a Vila Galé reabilitou este imóvel histórico, transformando-o num hotel no centro da cidade bracarense. «O Vila Galé Porto Ribeira também ficou em imóveis que, embora não sendo históricos, estavam ao abandono », frisa o director de Marketing e Vendas da Vila Galé.
EXPANSÃO A NORTE
Apesar de ter já uma presença consolidada, a Vila Galé pretende continuar a investir na região Norte. E tem-no feito: recentemente, inaugurou a adega do Paço do Curutelo, em Ponte de Lima, no coração da região dos Vinhos Verdes, também em parceria com o Grupo Madre. O projecto absorveu um investimento de 3,4 milhões de euros, que será reforçado no futuro, uma vez que nesta mesma propriedade surgirá um novo agroturismo, designado Vila Galé Collection Ponte de Lima Vineyards. Além disso, o grupo está também a desenvolver um projecto em Miranda do Douro.
Os projectos vindouros permitirão reforçar e diversificar (ainda mais) a presença da Vila Galé na região Norte, que actualmente representa entre 12 e 15% das receitas totais do grupo em Portugal. «Este ano, com o aumento de unidades fora desta região, devemos estar pelos 12%», refere Pedro Ribeiro. Entre os principais mercados emissores, além do nacional, destacam-se o brasileiro, o norte-americano – «que tem crescido muito no Douro» –, mas também o britânico, espanhol e francês.
De hotéis de cidade a agroturismos, a oferta do grupo na região é muito diversa e complementar, permitindo que o mesmo cliente possa escolher a unidade que mais lhe convier consoante as suas necessidades e o motivo da viagem, seja em lazer ou em negócios, em família ou sozinho.
Por exemplo, pelas suas características, os hotéis Vila Galé Porto e Vila Galé Collection Braga recebem muitos eventos, sejam empresariais ou privados, como casamentos e baptizados. Por outro lado, o Vila Galé Porto Ribeira é uma unidade mais procurada por casais e por quem viaja em lazer, devido à sua oferta e localização. Já no Douro, «recebemos muitos hóspedes, mas também muitos grupos que vão apenas para fazer provas de vinhos e almoçar ou jantar. A pensar nisso, no Vila Galé Douro Vineyards abrimos recentemente o restaurante Inevitável, cuja vista é um dos elementos mais diferenciadores», frisa Pedro Ribeiro.
Além disso, o grupo disponibiliza ainda propostas para quem não está hospedado nos seus hotéis, o que tem permitido diversificar a sua base de clientes. É o caso do brunch de domingo, disponível nos hotéis Vila Galé Collection Douro, Vila Galé Porto Ribeira e Vila Galé Porto (aqui, um brunch de inspiração italiana); da Feijoada à Brasileira aos sábados; e da Noite Cubana às quartas-feiras, no Vila Galé Porto.
VINHOS VAL MOREIRA
Incontornável é também a aposta que o Grupo Vila Galé tem feito no segmento do enoturismo no Douro, a região demarcada mais antiga do mundo. De resto, as duas unidades do grupo nesta região – o agroturismo Vila Galé Douro Vineyards e o Vila Galé Collection Douro – dispõem de uma oferta bastante variada e alargada neste segmento, permitindo aos hóspedes, por exemplo, visitar a Quinta do Val Moreira, fazer provas e visitas guiadas à adega e até participar nas vindimas.
A aposta da Vila Galé naquela que é uma das principais regiões vinícolas do País resulta de uma parceria com o Grupo Madre e permitiu ao grupo hoteleiro alargar a sua actividade de produção de vinhos além do Alentejo, onde já detinha a marca Santa Vitória.
Hoje, o portefólio da marca Val Moreira estende-se entre as gamas Colheita (nas variedades tinto, branco e rosé), Reserva (tinto e branco), os vinhos tintos Altitude e Vinha d’Arte e ainda uma variedade de vinhos do Porto (Ruby Tawny Reserva, Tawny 10 anos, Tawny 20 anos e Porto Branco Extra Dry). «Na nossa gama temos vinhos muito frescos e com muita acidez, que não são tão habituais no Douro. E temos outros mais concentrados, como a gama Reserva, que é o típico do Douro», refere Pedro Ribeiro. «Fazemos um balanço muito positivo desta aposta, tanto ao nível da comercialização de vinhos como das experiências diferentes que proporcionamos a quem nos visita», reitera.
Em termos de castas, destacam-se a Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, embora existam na vinha mais de 10 castas – como Tinta Amarela, Tinto Cão, Tinta Francisca, Barroca, Sousão, Bastardinha, Malvasia Fina e Folgosão – em várias parcelas pequenas, com exposições solares diferentes, que permitem obter diversos perfis de vinhos.
Os vinhos Val Moreira distinguem-se ainda pelo recurso a fermentações naturais, procurando-se intervir o mínimo possível no processo e actuar sobretudo ao nível do controlo das temperaturas. «Esta filosofa influencia directamente todo o método de trabalho, desde a vindima até ao engarrafamento, e proporciona um perfil de vinhos completamente diferente », conclui Pedro Ribeiro.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Turismo”, publicado na edição de Novembro (n.º 340) da Marketeer.