Universalis: Os quatro pilares do sucesso

A Universalis é a marca registada da Corpos – Corretora de Seguros, que surgiu no mercado em 2018, pela necessidade de comunicar de forma integrada, inovadora e moderna o portefólio de serviços da corretora, que celebra 50 anos em 2021.

Em franca expansão no mercado, o crescimento da marca acentuou-se em 2016, aquando da criação de um plano de desenvolvimento estratégico e definição de linhas de acção para ganhar escala e presença no País, fruto da sua consolidação no mercado.

«Iniciámos este percurso com a aquisição de cerca de 90% do capital social da Corpos e esta operação foi o catalisador para tudo o que se seguiu. Partimos, em 2016, de um volume de negócios de aproximadamente 700 mil euros para 2,605 milhões no fecho de 2021. De uma entidade praticamente desconhecida no mercado, posicionamo-nos hoje em 16.º no ranking nacional de corretores e ambicionamos mais», afirma Ricardo Moreira, director-geral da empresa sediada em Guimarães, com presença em nove geografias e com uma equipa de 42 pessoas.

Um dos focos da Universalis está nos seguros de saúde, um segmento que tem registado um forte crescimento. Ricardo Moreira desvenda a estratégia para este sector, bem como os objectivos a atingir este ano.

Apesar do seu crescimento ao longo dos anos, num contexto de pandemia os seguros de saúde têm ganho ainda mais relevância. Qual a importância desta área no negócio da Universalis?

O seguro de saúde tem registado um crescimento sustentado bem acima da média do sector. Surge hoje como o segundo produto com maior volume de prémios, com uma quota de 18%, ultrapassando o produto acidentes de trabalho, que ocupava historicamente a segunda posição. Na Universalis, o seguro de saúde tem um peso de apenas 6%, pelo que identificamos um potencial de crescimento muito elevado. Desde 2016 que temos vindo a crescer neste ramo, apesar de o ponto de partida ser muito reduzido. Mas, nos últimos três anos, crescemos 122%, muito acima do mercado, e temos ainda muito potencial para crescer, quer no segmento particular como no empresarial.

Quais as principais vantagens em optar por um seguro de saúde?

Os seguros de saúde são complementares ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e permitem à pessoa segura uma opção de escolha transversal a todo o sector e acesso aos melhores cuidados de saúde, hospitais privados e médicos.

Do meu ponto de vista, esta é a grande vantagem, a possibilidade de escolher os melhores, sem as limitações conhecidas do SNS, no que diz respeito à capacidade, por exemplo, de marcação de uma cirurgia urgente. Os trabalhadores do SNS, médicos, enfermeiros e todos os trabalhadores que estão na 1.ª linha do combate à pandemia de Covid-19 foram e são heróis e merecedores desse reconhecimento pela sociedade. No entanto, todos conhecemos as dificuldades do sistema de saúde pública em dar resposta adequada e atempada às necessidades dos utentes.

Na minha opinião, não por responsabilidade de quem está na 1.ª linha de atendimento, mas por decisões políticas que impedem que o sistema consiga ser eficaz na resposta. Reflexo disso são as listas de espera que se arrastam ano após ano, sem que os decisores políticos mostrem vontade ou capacidade de as resolver.

Quais são, hoje, os principais desafios para as seguradoras?

A oferta de seguros de saúde grupo é vasta no mercado. As seguradoras terão de considerar os hábitos de vida das pessoas para lhes oferecerem seguros com condições mais atractivas e adequadas ao estilo de vida de cada um. Por outro lado, o sector da saúde, pelo avanço da medicina e desenvolvimento de novas terapias, vai colocar cada vez mais pressão no Orçamento do Estado, pois o custo associado a novas terapias está e vai continuar a crescer de forma muito acentuada. Será seguramente um dos grandes desafios futuros para as sociedades, perceber até que ponto é ou não razoável o acesso a determinados cuidados de saúde, com custos para o erário público que lhe colocarão muita pressão. As seguradoras terão que saber responder a este desafio, reforçando garantias e capitais, particularmente para o tratamento de doenças graves. Estamos atentos à evolução dos produtos das várias seguradoras para propormos as soluções que, individualmente, melhor respondam às necessidades das empresas e dos seus colaboradores.

Como descreveria o perfil do cliente da Universalis? Quais as suas exigências?

São, tradicionalmente, PME que, como sabemos, constituem a coluna vertebral do nosso tecido empresarial. Cada vez mais exportadoras, inovadoras, com quadros qualificados, qualidade na gestão e naturalmente preocupadas com a gestão do risco do seu próprio negócio.

O nosso cliente identifica-se com os nossos valores e procura competitividade de preço, mas fundamentalmente as melhores respostas às suas necessidades. O empresário tem de sentir confiança no seu parceiro e nas soluções que lhe são propostas, para se poder dedicar ao seu negócio.

Como se diferencia a Universalis no mercado português?

Na Universalis, estudamos já detalhadamente as soluções existentes no mercado para conseguirmos o melhor aconselhamento. Conhecendo bem o cliente e as suas necessidades, conseguimos colocar toda a nossa experiência ao seu serviço. Vamos manter foco no crescimento do produto, em particulares e empresas, neste caso, apresentando os benefícios do produto para o bem-estar dos colaboradores, para o combate ao absentismo, para a retenção de talento, contribuindo para a estabilidade do quadro de colaboradores e não descurando, obviamente, os benefícios fiscais.

Recuando a 2020, como descreve a performance da Universalis no mercado português? Quais os principais desafios e como foram superados?

O sector dos seguros apresentou, em 2020, uma forte resiliência aos efeitos da pandemia e consequente impacto na economia, registando um crescimento em Não Vida de 3,1%. Apesar deste enquadramento, que se iniciou em Março de 2020, a Universalis conseguiu um bom desempenho, com um crescimento de 12,71% no volume de negócios que, em conjunto com a reestruturação efectuada, permitiu um crescimento do Ebitda muito próximo dos 300%. Consolidadas, em 2019, as operações de aquisições efectuadas no triénio de 2017 a 2019, em 2020 procedemos a uma reorganização interna e optimização da estrutura de custos. O desempenho do último ano foi totalmente orgânico. Face ao enquadramento macroeconómico e ao desempenho do sector, estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos.

A nível de negócio, quais as previsões para 2021?

Iniciámos o exercício com a concretização de uma aquisição que reforça significativamente a nossa operação em quatro geografias, com as consequentes economias de escala. Apesar do forte impacto económico provocado pela pandemia se sentir ainda em 2021, ambicionamos um crescimento de 30% e a consolidação em alta do resultado obtido no último exercício.

Que objectivos traçam para este ano?

Queremos continuar a trabalhar arduamente para atingirmos, em pleno, os quatro princípios que orientam a nossa cultura organizacional: excelência, felicidade, rentabilidade e crescimento.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Seguros”, publicado na edição de Maio (n.º 298) da Marketeer.

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