Sagres: Um brinde aos simples prazeres da vida!

A história começa a ser escrita em 1940 durante a Exposição do Mundo Português que se realizou em Lisboa e que pretendia exaltar a história e a identidade portuguesa, como a primeira nação do mundo com carácter global. Portugal vivia em paz, enquanto grande parte do Mundo estava em guerra (II Guerra Mundial) e a vizinha Espanha ainda vivia o rescaldo da sua Guerra Civil (36-39). Foi quando o embaixador do Reino Unido lançou o repto ao Governo português, para que produzisse uma cerveja em Portugal que abastecesse, por terra, os militares britânicos em Gibraltar. O desafio foi aceite, e assim nasceu a cerveja Sagres! Uma cerveja que, ainda hoje, incorpora no seu ADN história e tradição, que remetem para os valores da portugalidade, seja inscrevendo nos seus códigos de embalagem e rotulagem o escudo e as quinas que sempre acompanharam a iconografia da marca, seja pela origem da Vila de Sagres.

Olhando para trás, é fácil constatar que a vida da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) está recheada de marcos importantes, dos quais há a destacar o início do funcionamento da Cervejeira de Vialonga em 1968, na altura considerada uma das mais modernas da Europa, a entrada no capital da Sociedade Água de Luso, em 1970, ou o lançamento da Sagres Mini, em 1972.

A criação da distribuidora Novadis, que assegura as operações de venda e distribuição do portefólio de marcas da SCC e de terceiros a cerca de 70% dos clientes do mercado Horeca, e o lançamento da Startup Hoppy House Brewing, que se dedica totalmente ao desenvolvimento das Cervejas Artesanais em Portugal, são também marcos importantes da história da empresa.

Destaque ainda para a aquisição, em 2019, pelo Grupo SCC, de 100% do capital da Mineraqua Portugal, que detém a concessão e a marca Água Castello, reforçando o portefólio de águas minerais naturais e de nascente, que integra a Água de Luso e Água do Cruzeiro.

Mais recentemente, deu-se o forte investimento em projectos de modernização e crescimento, que abarcam expansão, inovação, sustentabilidade e energias alternativas, na Cervejeira de Vialonga, na Sociedade Água de Luso e na Novadis distribuição.

Exemplo disso foi a inauguração de uma nova linha de enchimento, com tecnologia e serviço da KHS, com capacidade para encher 55 mil garrafas por hora, apresentando uma elevada eficiência, flexibilidade e reduzido impacto ambiental, permitindo uma redução anual até 22% de consumo de CO2, uma poupança de 12 600 kWh de electricidade/ano e a diminuição anual de 96% do consumo de água. Outros dos projectos são a aquisição de 10 torres de fermentação (que permitirá o aumento da capacidade de produção), a adopção de rótulos ambientalmente sustentáveis para a gama Sagres (produzidos em papel FSC – Forest Stewardship Council®) e a instalação de 6300 painéis fotovoltaicos, reflectindo o investimento em energias renováveis.

Mas também o lançamento de novas variedades tem tido assinatura da empresa. Aliás, uma das inovações mais icónicas da marca acontece em 1972, com a “Mini”, um formato inovador e que respondeu à necessidade do consumidor português em ter na sua mão uma cerveja sempre fresca.

Actualmente, os consumidores portugueses são bastante experimentalistas e procuram cada vez mais ser surpreendidos, o que dá espaço ao mercado cervejeiro para tipos de cervejas diferentes e para momentos de experiência cervejeira.

Por outro lado, as novas gerações tendem a valorizar os estilos de vida mais saudáveis, procurando cada vez mais novas opções no dia-a-dia. As tendências do consumidor para a adopção de estilos de vida mais saudáveis e para o consumo moderado de bebidas alcoólicas estão a impulsionar o crescimento da categoria de bebidas com baixo teor alcoólico ou sem álcool, a nível mundial.

«Vimos isso como uma oportunidade e desenvolvemos uma categoria de cervejas 0.0% de teor alcoólico», explica fonte oficial da empresa. A marca Sagres desenvolveu um portefólio de Zona Zero com o lançamento das cervejas Sagres 0.0, Sagres Radler Frutos Vermelhos 0.0 e Sagres Radler Limão 0.0. «Estas cervejas têm cerca de metade das calorias de uma cerveja com álcool, em resposta às novas tendências.»

Hoje, a gama da marca Sagres integra as cervejas Sagres; Sagres Preta; Sagres sem álcool; Sagres Radler Limão; Sagres 0.0%; Sagres Radler Frutos Vermelhos 0.0% e Sagres Radler Limão 0.0%.

No que respeita aos formatos, e em alinhamento com a representatividade do canal Horeca, são os formatos retornáveis em barril e garrafa que ganham maior expressão.

2020: o ano de todos os desafios

Considerando que a hotelaria e os estabelecimentos de restauração e bebidas, que integram o canal Horeca, representam para o negócio de cerveja mais de 65% do valor de vendas no mercado nacional, o período de encerramento destes clientes, durante a fase de confinamento, marcou o sector cervejeiro e os seus operadores, em todas as variáveis. «Assistiu-se a alguma transferência do consumo para o chamado consumo doméstico, motivado pelo confinamento e pelas restrições horárias impostas na restauração, relativas ao consumo de bebidas alcoólicas, mas também pela falta de confiança dos consumidores em regressar aos estabelecimentos de restauração e bebidas.»

A Cervejeira de Vialonga nunca deixou de produzir, readaptando-se e dando resposta às solicitações do canal Horeca, que se reinventou para take away e delivery, mas também às encomendas da grande distribuição. «Estabelecemos parcerias com a Uber Eats e também com o Dott, criando a loja “À Nossa”, com o objectivo de reforçar a proximidade com os consumidores, proporcionando comodidade e a possibilidade de apreciarem as suas bebidas de eleição sem sair de casa.»

Numa primeira fase, o foco foi reforçar a produção e enchimento para aumentar o nível de stock dos produtos essenciais, onde esperavam um reforço do nível de procura. Conseguiram dar resposta ao incremento de encomendas do canal da grande distribuição, principalmente nas referências de água.

Ciente das dificuldades que o canal Horeca enfrentava – visto que a fonte de receita do mesmo diminuiu, enquanto os encargos e as obrigações se mantiveram -, a SCC intensificou o seu apoio nesta altura de crise. «Os nossos clientes são para nós uma prioridade, temos o compromisso de ajudar no que estiver ao nosso alcance.»

Neste sentido, foi implementada a iniciativa “Juntos Voltamos Já”, um projecto que reuniu grandes marcas a par da cerveja Sagres e da Água de Luso, e que teve como objectivo tentar garantir algum financiamento imediato aos estabelecimentos de restauração e bebidas enquanto ainda estavam encerrados. Além disso, no período pós-confinamento, na reabertura dos estabelecimentos de restauração e bebidas, o Grupo Central de Cervejas lançou a plataforma de e-learning BeerYourself como instrumento de apoio à formação dos profissionais (capacitando-os para as suas funções e para o desempenho do seu negócio) dos vários estabelecimentos de restauração e bebidas do País.

A empresa acredita que em todas as crises há lugar para oportunidades, aprendizagens, inovação como resposta a desafios. «Esta crise impeliu as empresas e as marcas a um reforço da comunicação. O desafio para o sector de bebidas anda de mãos dadas com o desafio do consumidor em voltar aos “simples prazeres da vida”, a par da retoma da economia.» Na verdade, há que compreender o novo normal e definir prioridades e estratégias. «Uma marca não se pode limitar a esperar que tudo passe, tem que reagir com agilidade, inovação e empatia.»

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