Nova SBE: Mudanças tecnológicas e IA, uma nova forma de vida

Além do reforço de parcerias internacionais e exploração de novos mercados, a Nova SBE quer ser também ela palco de grandes conferências, continuar a oferta de programas online, adaptar-se às mudanças tecnológicas e aproveitar a Inteligência Artificial. Filipa Luz, directora executiva de Marca, Comunicação e Marketing da Nova School of Business and Economics, revela uma das vantagens que possuem: ao estudarem antecipadamente para poderem ensinar os outros, ganham vantagem nas soluções que utilizam.

Em entrevista à Marketeer, no ano passado, referiram que a vossa estratégia de marketing passava por dois eixos: fortalecer o brand equity e estimular um maior envolvimento das comunidades digitais. Continuam a ser estes os eixos prioritários? Que desafios ou novas abordagens surgiram?

A estratégia de marketing da Nova SBE continua a focar-se no fortalecimento da reputação da sua marca e na aposta num maior envolvimento das comunidades digitais. Em 2024, a aposta em brand equity foi numa perspectiva mais internacional, como o próximo passo óbvio para o crescimento. Esta aposta passa pelo reforço de parcerias com entidades internacionais de relevo no sector do ensino superior e da formação de executivos, e também pela oportunidade para que a escola seja palco de grandes conferências internacionais, como, por exemplo, a UNICON TDC, ou a European GMAC Conference.

Os novos desafios surgiram com a necessidade de adaptação às mudanças tecnológicas e à rápida penetração da Inteligência Artificial no dia-a-dia das comunidades que nos procuram, com soluções de formação para navegar com maior segurança estes temas.

A Nova SBE tem-se empenhado em adaptar os conteúdos curriculares às novas tendências. Que novidades têm e que conclusões retiram da aposta que tem sido feita?

Como instituição de ensino, a Nova SBE tem a preocupação constante em oferecer, em todos os seus níveis de ensino, conteúdos que estejam alinhados com as tendências actuais, que sejam simultaneamente disruptivos e inovadores, como determinado pelos valores da escola. Os principais pilares da Nova SBE serão sempre a educação e a investigação.

As novidades ao nível dos programas passam por novas áreas de especialização em temas relacionados com a sustentabilidade, data & technology, e, claro, a Inteligência Artificial. Em 2024, demos também os primeiros passos na oferta online de programas de formação de executivos, com nove programas a arrancar (cinco destes desenhados especificamente para empresas). Além disso, procuramos dar resposta a outros segmentos de mercado, como, por exemplo, as PME, ou um target mais profissional que pode usufruir de programas de impacto financiados pelo PRR ou pelo programa de cheques digitais para apoio à transformação digital.

De ano para ano, como é que a transformação digital tem influenciado a forma como comunicam com os diferentes targets? Existe alguma rede ou plataforma onde sintam maior necessidade de investimento?

A aposta na transição para meios de comunicação mais digitais tem sido evidente, muito impulsionada pela pandemia que vivemos. Na Nova SBE trabalhamos em parceria com a Microsoft e com as soluções que oferece, nomeadamente com ferramentas como o Sharepoint e o Teams e, mais recentemente, com a disponibilização do Copilot para toda a nossa comunidade, desde colaboradores até professores, passando pelos alunos. A escola tem vindo ainda a apostar em ferramentas de CRM transversais para as suas necessidades, desde o marketing até temas académicos, passando pela gestão de parceiros institucionais e corporativos.

Apesar de comunicarem de forma diferente para targets diversos, que redes sociais são prioritárias para a Nova SBE? Como tem sido adaptarem conteúdos para uma rede como o TikTok, por exemplo? Pode o marketing de influência ajudar em redes como Instagram, TikTok ou até LinkedIn?

As redes prioritárias para a Nova SBE são as da Meta, com preferência para o Instagram e o LinkedIn, por maior alinhamento com os nossos públicos mais executivos. Fizemos recentemente várias apostas, criando uma página de LinkedIn própria e exclusiva para conteúdos de investigação, e lançámos este mês o primeiro canal de divulgação (broadcast channel) Nova SBE no Instagram.

Além disso, estamos atentos aos vários targets e apostámos recentemente no TikTok, tendo iniciado este desafio com a colaboração da nossa Associação de Estudantes e lançando aos alunos o desafio de se tornarem content creators da Nova SBE. Qualquer das iniciativas foi uma aposta ganha e tem resultado muito bem em termos de envolvimento da comunidade.

Quais as métricas mais relevantes que a Nova SBE utiliza para avaliar o sucesso das suas campanhas de marketing digital?

Como qualquer organização que trabalhe com campanhas de marketing digital, as métricas mais relevantes prendem-se com o engagement nas redes sociais e as taxas de conversão das campanhas. De forma mais específica, o volume de leads angariados é importante, mas a aposta este ano foi feita na qualificação do interesse gerado pelos nossos programas, de forma a garantir um maior ROI e maior eficácia das campanhas. Por outro lado, também apostámos fortemente na optimização de SEO, para fortalecer as métricas de tráfego do website.

Como tem a recolha e análise de dados influenciado as decisões estratégicas de marketing digital na Nova SBE, especialmente à luz das novas regulamentações de privacidade?

Nos canais digitais proprietários, implementámos políticas e tecnologias que salvaguardam os dados e o direito à privacidade dos nossos utilizadores. Mas, dada a dimensão do nosso negócio, no âmbito do marketing de performance estamos fortemente dependentes do resultado do debate que tem vindo a acontecer sobre a recolha de dados de navegação dos utilizadores (nomeadamente as políticas de recolha de dados de terceiros). Em termos estratégicos, significa uma aposta crescente no engagement e fidelização de comunidades, complementando iniciativas digitais de marketing de conteúdos com iniciativas presenciais de relação com essa comunidade digital.

Dos cursos e programas disponibilizados pela Nova SBE, quais considera essenciais na área de marketing digital?

Destacaria, por um lado, a pós-graduação online em Gestão de Marketing e o mestrado executivo em Marketing e Estratégia, que são programas mais longos e que trazem uma visão mais holística do marketing, mas ainda assim com uma forte componente de marketing digital. E, por outro lado, o programa online de Marketing Digital e o programa AI for Marketing Excellence, ambos mais curtos e mais focados na digitalização e na incorporação de AI na estratégia de marketing, que é um tema incontornável da actualidade.

De que forma os cursos e programas com foco na Inteligência Artificial, como o AI for Marketing Excellence, estão a preparar os alunos da Nova SBE?

As ferramentas disponibilizadas pela Inteligência Artificial, para a criação de conteúdos escritos, audiovisuais, ou criativos, são infinitas. Isso gera oportunidades, pela rapidez da produção de conteúdos diversos, uma característica diferenciadora que qualquer marketeer deve dominar, para poder optimizar as iniciativas de marketing em prol do seu negócio. Na Nova SBE, beneficiamos de forma dupla, porque estudamos antecipadamente para podermos ensinar os outros e desta forma ganhamos vantagem nas soluções que usamos para a atracção de alunos, participantes, parceiros e clientes para as várias soluções que oferecemos.

Que medidas e tendências esperam desenvolver em 2025?

Esperamos continuar a aposta na internacionalização, explorando novos mercados, como a América Latina e o Médio Oriente, bem como o foco em programas que dêem resposta às necessidades do mercado em formação sobre temas de Inteligência Artificial e como esta pode ser aplicada em diferentes sectores e negócios.

Vamos continuar a oferta de programas online, com mais de 20 edições previstas em diferentes áreas. Para além disso, vamos continuar a trabalhar o target das PME, que acreditamos ser muito importante para o desenvolvimento económico do país e onde podemos ter um grande impacto ao nível do aumento de competências dos recursos nacionais.

» Filipa Luz, directora executiva de Marca, Comunicação e Marketing da Nova SBE

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Marketing digital”, publicado na edição de Setembro (n.º 338) da Marketeer.

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