Grupo Ageas Portugal: Igualdade no acesso à cultura enche Campo Pequeno
Parecia um festival, mas foi uma maratona em forma de emissão de rádio durante 28 horas. Como cabeça de cartaz estiveram no RFM Sem Olhar a Quem artistas como D.A.M.A, Quatro e Meia, Carlão, Diogo Piçarra, Bárbara Tinoco, D’ZRT, Marisa Liz, ÁTOA, Carolina de Deus, Syro, Buba Espinho (com os Bandidos do Cante), HMB, Nena, Bluay, Afonso Dubraz, Noble e Miguel Carmona.
Entre as 6h da manhã de dia 26 de Setembro e as 10h da manhã do dia seguinte passou, pelo Jardim do Campo Pequeno, toda a equipa da RFM, do Grupo Ageas Portugal e da Fundação Ageas. Juntos quiseram, este ano, reforçar a reflexão e o diálogo sobre as medidas em curso e a implementar para melhorar a experiência de pessoas com deficiência, surdas e neurodivergentes em eventos culturais.
Teresa Thöbe, responsável de Marca, Patrocínios e Parcerias do Grupo Ageas Portugal, acredita que patrocínios, parcerias culturais e iniciativas como esta «são uma plataforma eficaz para programas de consciencialização social, acessibilidade, diversidade e inclusão, e uma forma de contribuir positivamente para a literacia e democratização no acesso à cultura».
E este é, segundo António Mendes, director de Programação da RFM, um evento preparado e organizado pela RFM «com especial carinho e cuidado», pois a sua concretização assume particular significado para os valores prosseguidos pela rádio. «O acesso à cultura é um direito de todos e é também de todos o dever de conjugar esforços para eliminar as barreiras que ainda condicionam o acesso à cultura por parte das pessoas com deficiência», comenta.
Para ajudar a passar a mensagem da necessidade da cultura chegar a todos como um direito incontornável, durante a emissão entraram no ar personalidades como Clara Marques Mendes (secretária de Estado da Acção Social e da Inclusão), Sofia Moreira de Sousa (representante da Comissão Europeia em Portugal), Rui Catarino (presidente do Teatro Nacional D. Maria II), Jorge Vinhas da Silva (CEO do MEO Arena) e Luís Montez (director-geral da Música no Coração). Durante as intervenções ficou claro que o tema está na agenda dos responsáveis pela gestão de eventos culturais e que o trabalho desenvolvido pela RFM, com o Grupo Ageas Portugal, a Fundação Ageas e a Access Lab (empresa que trabalha o acesso de pessoas com deficiência e surdas à cultura e ao entretenimento enquanto direito humano fundamental), está a dar frutos.
Ainda assim, João Machado, presidente da Fundação Ageas, não deixa esquecer que, em Portugal, uma em cada 10 pessoas vive com alguma deficiência ou incapacidade e prefere não ir a espectáculos porque sabe que será uma experiência desgastante, quer do ponto de vista físico, quer do ponto de vista emocional. A implementação do bilhete de acompanhante, o investimento em salas de pausa nos recintos de espectáculos para pessoas neurodivergentes, o investimento em coletes sensoriais para pessoas surdas sentirem a vibração da música, a presença de tradutores de Língua Gestual Portuguesa nas salas de espectáculos, ou a criação de programas em braille, são algumas das áreas debatidas e que continuam a requerer investimento, visto haver ainda muito por fazer.
«Voltámos ao Campo Pequeno para reforçar a importância de ter uma cultura mais inclusiva e foram muitos aqueles que se juntaram a nós com o compromisso de incluir em futuros espectáculos recursos que promovam a sua acessibilidade. No Grupo Ageas Portugal e Fundação Ageas continuaremos a trilhar o caminho de ter uma cultura para todos», sublinha Rui Rijo, responsável de Relações Públicas e Comunicação Digital do Grupo Ageas Portugal, deixando antever que não deixarão cair o tema no esquecimento no futuro.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Seguros”, publicado na edição de Novembro (n.º 340) da Marketeer.