El Corte Inglés: Cuidar do ambiente, retribuir à sociedade

O El Corte Inglés (ECI) entende que, por herança do seu fundador, deve retribuir à sociedade aquilo que dela recebe. Neste sentido, a área de responsabilidade social corporativa tem como objectivos apoiar a comunidade em que a empresa está inserida, através de várias formas, como a oferta de mais de 300 actividades culturais por ano ou doação de bens alimentares a instituições. O ECI pauta a sua actividade pelas metas dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – Agenda 2030 das Nações Unidas. Trabalha directamente os ODS relativos à erradicação da fome, ao trabalho digno e crescimento económico, à produção e consumo sustentáveis e acção climática. No que diz respeito ao trabalho digno, o El Corte Inglés foi a primeira entidade privada a receber o selo Marca Entidade Empregadora Inclusiva atribuído pelo IEFP e aposta, desde o início, na diversidade e inclusão profissional, através de projectos de empregabilidade para pessoas desfavorecidas, jovens, +55 anos, pessoas com deficiência e LGBTI. Quanto à produção, o ECI realiza anualmente quase 3000 auditorias a fornecedores das suas marcas para garantir o respeito pelos direitos humanos e pelo ambiente.

Num ano atípico, devido à pandemia, surgiram desafios de várias naturezas. O El Corte Inglés esteve atento às necessidades mais urgentes da actualidade, dos seus parceiros e fornecedores. Ofereceu roupa de cama ao Hospital campanha do Porto, criado especialmente para receber doentes da Covid- 19 e os têxteis entregues eram todos de fábricas portuguesas para as poderem também apoiar. Doou alguns equipamentos para dois centros de acolhimento de sem-abrigo em Lisboa. Com o encerramento dos restaurantes e outros estabelecimentos de venda de bens alimentares, começaram a surgir problemas como a falta de alimentos para entrega aos sem-abrigo. Neste sentido, o ECI começou a produzir 400 sopas por dia e a separar mais 400 peças de fruta para entregar a instituições que faziam o devido encaminhamento. No total foram entregues 31 mil peças de fruta e 31 mil sopas em dois meses e meio.

Noutro âmbito, criou campanhas que promovessem a venda de produtos alimentares de produção nacional para apoiar os produtores portugueses e desenvolveu campanhas de angariação de fundos para instituições como a Cruz Vermelha Portuguesa, UNICEF e APAV – Campanha Unidos Ajudamos Mais. No caso da APAV – e havendo um protocolo desde o ano passado, que se prolonga até 2021 e que prevê a promoção de iniciativas de sensibilização, formação, recolha de fundos e apoio à reinserção no mercado de trabalho – o apoio foi ainda mais longe, com a doação de produtos de limpeza e electrodomésticos para a casa abrigo criada para vítimas de violência doméstica durante a pandemia.

A pandemia obrigou também à adaptação do projecto Âmbito Cultural, onde o El Corte Inglés oferece conferências, cursos, lançamentos de livros, entre outras actividades, que passaram a decorrer online e que teve uma audiência de cerca de 420 mil pessoas. Neste contexto, uma das últimas acções realizadas foi o patrocínio do prémio jornalismo APAV, que premiou uma peça jornalística sobre violência com 1500 euros.

Mas no que respeita à área de responsabilidade social, o El Corte Inglés quis ir ainda mais longe e apoiou o Instituto de Medicina Molecular na atribuição de 150 cartões presente a investigadores que estiveram envolvidos no desenvolvimento e realização de testes de diagnóstico e serológicos à Covid- 19. O El Corte Inglés contribuiu com 25% do valor total. «Os cientistas e técnicos voluntários do Instituto de Medicina Molecular desenvolveram um trabalho fundamental, ao criarem o primeiro teste de detecção do vírus SARS-CoV-2 feito em Portugal e com materiais facilmente acessíveis no nosso País», comenta fonte oficial do ECI.

Ao ter a oportunidade de poder contribuir para o prémio destes investigadores, o El Corte Inglés não pôde deixar de o fazer e manifestar o seu agradecimento para com estas equipas que desenvolvem trabalhos de elevada importância para a saúde pública. «O que o El Corte Inglés deu ao Instituto de Medicina Molecular não é em nada comparável com o que o Instituto de Medicina Molecular nos deu a nós, cidadãos.» Na verdade, o El Corte Inglés acredita que a área de responsabilidade social é cada vez mais importante para as empresas. «Com a pandemia, os nossos planos e orçamentos foram, naturalmente, adaptados », comenta a mesma fonte.

Para além dos trabalhos em curso com as instituições parceiras, a empresa criou, para o período de Natal, uma campanha de recolha de brinquedos usados para entregar às crianças ao abrigo da Cruz Vermelha Portuguesa, promovendo desta forma a solidariedade e a sustentabilidade. Por cada quilo recolhido, por clientes ou colaboradores, a empresa doa 30 cêntimos à Cruz Vermelha Portuguesa.

Além disso, o catálogo de brinquedos tem uma rubrica com quatro páginas solidárias, com produtos que revertem 20% da venda para a instituição.

«Nesta altura do Natal, continuaremos também a apoiar a campanha do Banco Alimentar Contra a Fome, numa altura difícil para muitas famílias que recorrem ao pedido de ajuda junto das várias instituições.»

Por um mundo melhor

Nos últimos anos, o Grupo El Corte Inglés investiu cerca de 40 milhões de euros em melhorias relacionadas com a energia, tornando mais de 90% da iluminação eficiente. Além disso, nos últimos cnco anos, o grupo reduziu o seu consumo de energia em mais de 18%. Desde 2018, conseguiram reduzir em 3% o consumo de energia e a maioria procede de fontes renováveis. Na verdade, têm sido várias as medidas implementadas de forma a tornar os edifícios e a actividade da empresa mais amigos do ambiente. Exemplo disso é a adesão, todos os anos, à Hora do Planeta, em que desligam as fachadas durante o período da noite. Agora, a empresa está a caminhar no sentido de tornar as suas lojas de Lisboa e Gaia Porto símbolos do Resíduo Zero.

A empresa está a sensibilizar os fornecedores na área alimentar no que diz respeito à utilização do plástico. Além disso, aumentou a oferta de sacos de papel e sacos reutilizáveis, tendo colocado, no supermercado, o preço do saco de papel mais baixo que o de plástico para promover a sua utilização, em detrimento dos sacos de utilização única.

Na área da diversidade e inclusão na empresa continuam a trabalhar para sensibilizar as equipas no acolhimento de novos colegas com deficiências.

No que respeita à mobilidade, procuram incentivar a utilização de bicicleta junto dos clientes e colaboradores, criando campanhas atractivas e aumentando a capacidade de estacionamento para velocípedes.

Num âmbito mais lato, este ano, em Julho, o El Corte Inglés iniciou um ciclo de diálogos, nas redes sociais de Âmbito Cultural, que visam promover a sustentabilidade social, económica e ambiental. E o balanço não podia ser mais positivo, já que têm tido um aumento do número de visualizações e conseguem atingir, em média, cerca de 20 mil pessoas por vídeo (58 602 mil pessoas alcançadas).

Este projecto conta com a colaboração de algumas instituições ou convidados, como, por exemplo, a ANP-WWF, entre outros. «Pretendemos criar conteúdos com interesse e acessíveis para todos e os temas têm sido variados: desde o relatório ibérico de incêndios, pescado sustentável, desperdício alimentar, violência de género ou inclusão de pessoas com deficiência.» Estes diálogos têm sempre um intérprete de língua gestual portuguesa para que a comunidade surda possa assistir aos conteúdos. E se, inicialmente, o projecto foi criado para um período de seis meses, como tem corrido tão bem, será prolongado por mais seis meses. E ainda que muitos trabalhos estejam feitos, o El Corte Inglés sabe que pode ir mais longe. Os objectivos passam por reduzir a sua pegada ecológica e o consumo de plástico. Pretende implementar o seu programa de economia circular Resíduo Zero em 100% nas lojas e supermercados, o que significa valorizar e reaproveitar em pelo menos 90% os mais de 30 tipos de resíduos gerados pelas lojas. Além disso, reforça a mesma fonte, «queremos aumentar o número de artigos sustentáveis e continuar a promover a inclusão de pessoas com deficiência».

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