Vodafone: Acções com impacto social e ambiental
Há quase 30 anos que a Vodafone Portugal está presente no mercado português, e, neste período de tempo, tornou-se muito próxima da sociedade portuguesa nos planos social e ambiental. Ou através de uma acção directa ou por via da Fundação Vodafone Portugal, a marca britânica assume ter no seu ADN os temas da sustentabilidade, que desde sempre estiveram, e continuam a estar, integrados na estratégia da empresa. À missão de conectar as pessoas, a Vodafone junta a de contribuir para a melhoria da qualidade de vida e a inclusão de todos, através do claim We Connect for a Better Future. E, neste sentido, a Vodafone Portugal centra a sua estratégia de sustentabilidade e responsabilidade social em três grandes pilares do seu propósito: o desenvolvimento da sociedade da informação, a inclusão para a melhoria das condições de vida dos grupos mais vulneráveis e a preservação do planeta.
DIGITALL
Um exemplo recente de programas lançados pela Fundação Vodafone no âmbito desta estratégia é o DigitALL. De acordo com Ana Mesquita Veríssimo, manager de Sustainability, H&S Wellbeing and Foundation, trata-se de «um programa destinado a crianças do primeiro ciclo escolar, com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos, com o objectivo de promover e contribuir para o desenvolvimento das competências consideradas fundamentais para o “século XXI”, que as capacitarão a enfrentar os desafios complexos que actualmente vivemos e que perdurarão no futuro».
A primeira edição deste programa foi lançada como projecto piloto no ano passado, em pleno confinamento, em parceria com a Câmara Municipal de Odivelas e o Agrupamento Escolar Moinhos da Arroja. Com a ambição de se tornar «uma referência no contexto das competências fundamentais para o “século XXI” e no quadro das competências digitais da União Europeia », afirma a Fundação Vodafone, o DigitALL assenta em quatro princípios: aprendizagem experiencial e colaborativa; desenvolvimento simultâneo de competências técnicas, sociais e comportamentais; modelo de aprendizagem híbrido; e utilização da tecnologia como um meio de desenvolvimento. Este programa consiste, assim, num complemento à oferta escolar, através da disponibilização de recursos pedagógicos inovadores e dinâmicos. Cada aula semanal tem a duração de 90 minutos, em horário escolar. O DigitALL contribui para a concretização do compromisso da Vodafone Group Foundation de chegar a 16 milhões de alunos através do seu programa de digital skills, até 2025, em 13 países europeus e na Turquia.
COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Numa outra vertente, a Vodafone está envolvida, há vários anos, no apoio às vítimas de violência doméstica. Exemplo disso é a campanha publicitária de Natal para televisão, lançada este ano com o mote “Começar de novo”, que conta a história de uma mulher que decide, na época natalícia e no advento de um novo ano, quebrar o ciclo de violência a que está sujeita e procurar ajuda.
Ana Mesquita Veríssimo refere que «esta campanha é parte integrante de uma estratégia da Fundação Vodafone de combate à violência doméstica, que tem vindo a materializar-se de diversas formas e em diferentes suportes». Já durante a pandemia, a Fundação Vodafone, em parceria com a Associação para o Planeamento da Família (APF) e com o apoio da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), lançou a app Bright Sky Portugal, que disponibiliza informação útil para as pessoas vítimas de violência doméstica e também, em parceria com a CIG, a linha de apoio SMS 3060, gratuita, para que as vítimas possam enviar pedidos de ajuda, por escrito, de forma privada e segura. Adicionalmente, a partir deste mês de Dezembro, a Vodafone, também em parceria com a CIG, passa a oferecer os serviços de comunicações às estruturas de acolhimento de vítimas de violência doméstica, em todo o País.
PRESERVAÇÃO DO PLANETA
No que diz respeito à protecção do meio ambiente, o Grupo Vodafone comprometeu-se, no ano passado, a atingir a neutralidade carbónica até 2040, e confirmou que as suas metas de redução de carbono para 2030 foram aprovadas pela Science Based Targets Initiative (SBTi), estando em linha com as reduções que é necessário atingir para se conter o aumento da temperatura média global a 1,5 ºC, a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris.
Desta forma, e até 2030, o Grupo Vodafone comunicou que irá eliminar todas as emissões directas de carbono decorrentes das suas próprias actividades e da electricidade que adquire e utiliza (Scope 1 e 2). A Vodafone também se compromete, até 2030, a reduzir para metade as emissões indirectas de carbono provenientes de outras fontes emissoras (Scope 3), incluindo joint ventures, todas as compras na cadeia de valor, da utilização dos produtos que comercializa e das viagens de negócios.
Em 2040, o Grupo Vodafone terá eliminado por completo as emissões indirectas de outras fontes emissoras (Scope 3) – antecipando em dez anos o compromisso inicial de atingir zero emissões na sua pegada de carbono em 2050.
Para ajudar a cumprir este objectivo, a Vodafone Portugal passou, desde Abril deste ano, a adquirir 100% da electricidade que consome a partir de fontes de energia renováveis, neutralizando assim a totalidade das emissões de CO2 decorrentes desta electricidade. Esta medida vem complementar uma estratégia abrangente da Vodafone Portugal para a redução da sua pegada ambiental, e que se materializa há alguns anos através de outras iniciativas, como a optimização dos consumos de energia através da implementação de sistemas de refrigeração mais eficientes, reutilização e reciclagem dos resíduos electrónicos, desenvolvimento e instalação de funcionalidades e equipamentos na rede cada vez mais eficientes, implementação da factura electrónica para todos os clientes, optimização das embalagens dos produtos e incentivos para a aquisição de viaturas eléctricas para a frota da empresa. Além destas iniciativas, na última década, a Vodafone Portugal tem vindo a apostar no recurso ao digital para optimizar o seu desempenho ambiental, através da promoção da partilha digital de informação, da realização de reuniões virtuais, do armazenamento em arquivos digitais, do software na nuvem e a da política de clean desk.
Em Julho deste ano, foi também anunciado que a rede europeia da Vodafone passou a ser 100% alimentada com electricidade originada por fontes renováveis, na antecipação de um plano que estava inicialmente traçado para 2025.
Outro exemplo de actuação no âmbito ambiental é o Eco Rating, uma iniciativa criada em conjunto pela Vodafone, a Deutsche Telekom, a Orange, a Telefónica (representando as marcas O2 e Movistar) e a Telia Company, para fornecer informações consistentes e precisas acerca do impacto ambiental da produção, transporte, utilização e “fim de vida” dos smartphones. O Eco Rating permite aos operadores e aos seus clientes promoverem uma classificação mais ampla dos telemóveis e comprovar a procura por equipamentos mais sustentáveis. Este rating dos telemóveis fornece orientações em cinco áreas: durabilidade (robustez do dispositivo, tempo de vida da bateria e o período de garantia do equipamento e dos seus componentes); reparabilidade (facilidade de reparação do dispositivo, incluindo o design do telemóvel e as actividades de apoio que possam aumentar a vida útil do produto, melhorando o seu potencial de reparação, reutilização e actualização); reciclabilidade (facilidade com que se pode recuperar e desmontar componentes do dispositivo, a informação fornecida para permiti-lo, e a facilidade com que os materiais podem ser reciclados); eficiência climática (as emissões de gases com efeito de estufa durante todo o ciclo de vida do dispositivo); e eficiência de recursos (avalia o impacto causado pela quantidade de matérias-primas escassas que o dispositivo requer numa perspectiva de esgotamento dos recursos).
Ana Mesquita Veríssimo lembra que «a Vodafone Portugal, desde 2000, tem implementada em toda a sua rede de lojas um ponto de recolha de telemóveis, baterias e acessórios obsoletos para reciclagem, tendo já recolhido e encaminhado para reciclagem mais de 100 toneladas destes materiais».
CAMPANHAS INTERNAS
A estratégia de sustentabilidade da Vodafone Portugal engloba também os colaboradores, através de um conjunto de programas que visam melhorar a sua qualidade de vida. Neste sentido, a Vodafone anunciou este ano um compromisso global no qual pretende garantir que as suas colaboradoras recebem o apoio necessário durante a fase da menopausa. Este compromisso enquadra-se na sua estratégia global de apoiar os colaboradores em todas as fases da sua vida, criando assim uma cultura cada vez mais inclusiva. Este programa inclui diversas acções de formação e sensibilização com o objectivo de aumentar a compreensão e o conhecimento de todos os colaboradores.
Globalmente, a Vodafone delineou, como objectivo para 2030, que 40% das funções de gestão e liderança sejam ocupadas por mulheres, o que já se verifica na Comissão Executiva do Grupo Vodafone. Actualmente, o sexo feminino já está representado, a nível global, em 31% das funções de gestão e liderança, e em Portugal 33% do Conselho de Administração é ocupado por mulheres.
Outro exemplo é a Política de Parentalidade, lançada em 2021, que tem como objectivo promover que cada colaborador, na qualidade de novo pai, pai-adoptante ou em condição equiparável, possa melhor acompanhar os seus filhos nos primeiros 18 meses após o nascimento ou adopção, usufruindo de 16 semanas de licença de parentalidade com manutenção da remuneração líquida e de 1,5 h de redução diária de horário de trabalho, durante seis meses após o gozo das 16 semanas.
O combate à violência doméstica também se faz entre os colaboradores, através do Programa de Combate à Violência Familiar, lançado em 2019, que pretende promover um ambiente de trabalho seguro e de suporte a colaboradores vítimas de violência e abuso, prevenindo comportamentos que possam afectar o bem-estar dos colaboradores e das suas famílias.
Outro exemplo é o Programa Re-connect, lançado em 2017, que promove a reintegração no mercado de trabalho de todas as pessoas que, por motivo de apoio à família, interromperam a sua carreira profissional.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Sustentabilidade e Responsabilidade Social”, publicado na edição de Dezembro (n.º 305) da Marketeer.