SAP: Atingir a neutralidade e desperdício zero

O mundo enfrenta muitos desafios, com a pandemia à cabeça. Mas também as alterações climáticas, o aumento do desperdício e uma crescente agitação social. Nesse sentido, a missão da SAP, que visa ajudar o mundo a funcionar melhor e melhorar a vida das pessoas, baseia-se na sustentabilidade e na responsabilidade social. «O nosso objectivo passa por criar um impacto positivo ao nível económico, social e ambiental, não só através das nossas acções e práticas sustentáveis, como também por um vasto portefólio de soluções de sustentabilidade », conta José Tavares, director de Soluções e Inovação da SAP Portugal. Como resultado, recentemente e pelo 15.º ano consecutivo, a SAP foi distinguida como a empresa de software n.º 1 nos Índices de Sustentabilidade Dow Jones e nomeada líder em acção e transparência ambiental pela organização internacional de análise de relatórios ambientais CDP.

Com a integração da sustentabilidade na sua estratégia, a SAP assume-se como um precursor e facilitador da necessária transformação a este nível. «Procuramos reduzir a nossa pegada ambiental, assegurar práticas comerciais responsáveis e melhorar competências digitais, de saúde e bem-estar. Prestamos também grande atenção à implementação de políticas de igualdade, de diversidade e inclusão», assegura.

Há mais de uma década que a SAP desenvolve acções de sustentabilidade que colocam a empresa na vanguarda. Em Portugal, o enfoque, numa perspectiva ambiental, passa por atingirem dois objectivos: neutralidade carbónica e zero desperdício.

Para tal, a empresa pretende integrar uma frota automóvel mais amiga do ambiente. Actualmente, 35% dos veículos da SAP Portugal são plug-in, eléctricos ou híbridos. E a partir de 2025 todas as novas viaturas encomendadas serão livres de emissões. Sem esquecer que já em 2020 a SAP adquiriu 11 carregadores eléctricos destinados aos seus colaboradores, número que mais que duplicará em 2022.

A empresa está igualmente atenta à redução do desperdício, à eliminação de plásticos de única utilização, para além de ser membro da Global Plastic Action Partnership, entidade que visa encontrar soluções concretas para os danos provocados pelos plásticos.

No âmbito da responsabilidade social, em Portugal, a SAP faz parte da iniciativa europeia “Reskilling 4 Employment” – com a Sonae, Nestlé e Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) –, que pretende requalificar pessoas em situação de desemprego, cuja qualificação e/ou experiência profissional seja desajustada face a necessidades actuais e emergentes.

Além disso, a SAP Portugal desenvolveu em 2021 acções de apoio a refugiados da Síria e criou a primeira Business Women Network, que actua como um catalisador do papel das mulheres no mundo da tecnologia.

José Tavares destaca também a capacidade endémica da empresa para ajudar a contabilizar as emissões e, como consequência, a reduzir a pegada ambiental das organizações. «Somos uma empresa com quase 50 anos, sempre com o mote de ajudar os negócios dos clientes e parceiros a serem mais eficientes e a reinventarem-se», sublinha. Tudo isto através do fornecimento de tecnologia que apoie os clientes na sua eficiência e competitividade. As empresas procuram a SAP cientes da necessidade de inovar, melhorar os seus modelos e processos de negócio ou de criar cadeias de abastecimento sustentáveis.

Por seu lado, a SAP desafia os decisores políticos a encontrarem soluções para atingir os objectivos que a Humanidade se propõe. «As empresas devem colocar a sustentabilidade no cerne da sua estratégia, de modo a mitigar, numa primeira fase, os impactos negativos e, posteriormente, a criar sistemas regenerativos », defende o director de Soluções e Inovação.

A verdade é que o mundo dos negócios mudou, definitivamente. As gerações mais jovens estão cada vez mais cientes das suas responsabilidades ambientais e sociais. «Cresce a atenção pela aquisição de produtos biológicos, sustentáveis. Aumenta o cuidado em conhecer todo o percurso de um bem ou serviço e conseguir aferir qual a sua pegada ecológica ou o seu impacto nas cadeias de valor», lembra.

 

PROCURAR GANHOS DE LONGO PRAZO

Quem tem como meta estar no mercado, nos próximos 10 a 20 anos, percebe que a criação de valor a longo prazo implica alinhar os seus objectivos com os das comunidades onde actua. Em suma, salienta José Tavares, «a operacionalização dos modelos de negócios não se fará por via dos interesses dos accionistas, mas, antes, pelos interesses dos colaboradores, das comunidades e do planeta. Ou seja, os ganhos de curto prazo, em detrimento do valor de longo prazo, já não têm qualquer viabilidade. Além de que a sustentabilidade e a rentabilidade de uma empresa podem subsistir lado a lado».

A SAP está comprometida em agir como um modelo em matéria de sustentabilidade. Ao desenvolver esforços para gerir o negócio de forma sustentável, mas também para relatar o seu progresso a este nível. Além disso, considera importante partilhar o conhecimento com os seus clientes e permitir que eles próprios atinjam os seus objectivos de sustentabilidade com o auxílio do crescente portefólio de soluções de sustentabilidade.

«As empresas mais resilientes são aquelas que estão a adoptar a tecnologia para transformar os seus processos de negócio. Se a Covid-19 nos mostrou alguma coisa é que as empresas têm que se tornar em empresas inteligentes, o mais cedo possível. A tecnologia vai permitir a união e demonstrar o caminho para tomar decisões mais fundamentadas, assegurando um futuro sustentável, onde a sociedade permanece no centro da operação.»

José Tavares acredita que soluções como as da SAP são fundamentais para permitir que as empresas se tornem inteligentes, sustentáveis e impulsionem mudanças económicas em escala. O objectivo tem que ser a neutralidade: um mundo de Zero Emissões, Zero Desperdício e Zero Desigualdade, liderado por negócios sustentáveis.

 

OPERAR DE FORMA MAIS SUSTENTÁVEL

A SAP disponibiliza um conjunto de tecnologias de software e aplicações para empresas, no sentido de as ajudar a operar de forma mais sustentável. A solução SAP Product Footprint Management permite que as organizações calculem a pegada de carbono dos seus produtos em toda a cadeia de valor.

No mês passado, acrescentou o SAP Responsible Design and Production, uma solução que ajuda as empresas a obter melhor visibilidade dos fluxos de materiais ao longo dos seus processos de negócio, incluindo o seguimento e o cumprimento de regulamentos, em constante actualização, como os relativos às embalagens dos produtos e plásticos. «A gestão de materiais e dos dados normativos assume-se como um dos desafios mais complexos na indústria de consumo», sublinha.

Brevemente, a solução SAP Sustainability Control Tower também estará disponível. Esta integrará uma dimensão adicional – a green line – para um conhecimento integrado sobre a sustentabilidade ambiental e social e, ainda, para a tomada de decisão e realização de relatórios. O responsável da SAP explica que «ajudará as empresas a reunir e a organizar todos os dados em tempo real, de modo a apoiar a tomada de decisão e a efectuar relatórios, através de métricas transparentes e padronizadas, sobre as emissões e sobre os investimentos de responsabilidade social».

Na SAP não restam dúvidas de que é importante desenvolver uma economia sustentável, bem como promover parcerias com outras organizações, investidores e governos para ajudar as empresas a longo prazo e dar-lhes soluções para que no futuro consigam subsistir sozinhos perante momentos difíceis.

Para José Tavares, em 2022 os consumidores e investidores estarão mais atentos à questão ambiental e à transparência em relação à sustentabilidade das suas matérias-primas, à emissão de CO2 e práticas ecológicas. As empresas vão ser chamadas a responder pela poluição que geram, a implementar programas para colmatar essas falhas e a eliminá-las da sua cadeia de produção.

Ser um negócio sustentável também significa liderar, com agilidade e habilidade, a requalificação e a melhoria das competências da força de trabalho para a era digital. «Hoje, mais do que nunca, é fundamental apostar na responsabilidade social e nas competências humanas. Quanto mais uma empresa estiver concentrada nos seus colaboradores e nas suas responsabilidades sociais, mais bem-sucedida será», assegura o director de Soluções e Inovação da SAP Portugal.

 

GANHOS DE REPUTAÇÃO

A pandemia é, em muitos casos, o factor disruptivo que levará as empresas a pensarem de forma diferenciadora as respectivas estratégias de sustentabilidade. «Estou convencido que as empresas nas quais as perspectivas social e ambiental estejam no cerne das suas estratégias serão aquelas que irão prosperar», diz José Tavares. Mas, lembra, a responsabilidade social não pode ser vista como apenas mais um requisito de conformidade. «Todo o esforço no sentido de enfrentar os maiores riscos para a humanidade, desigualdade de género, étnica ou sexo, por exemplo, é uma oportunidade para as empresas mais cientes do seu papel visionário. Quem souber adoptar políticas de responsabilidade social, em que os aspectos sociais e as práticas de sustentabilidade são parte de uma estratégia integrada, ganha, ao nível financeiro e da sua reputação.»

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Sustentabilidade e Responsabilidade Social”, publicado na edição de Dezembro (n.º 305) da Marketeer.

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