Pingo Doce: O “Bairro Feliz”

O que faz um Bairro Feliz? Certamente, para começar, ter bons vizinhos. Mas ter uma loja Pingo Doce no bairro também faz. Lançado em 2019 a nível regional e este ano alargado a todo o País, o Programa Bairro Feliz do Pingo Doce apoia causas inscritas e escolhidas pelos moradores dos bairros onde se localizam as lojas da insígnia.

O objectivo é tornar as mais de 450 lojas Pingo Doce ainda mais próximas da comunidade em que estão inseridas e estreitar relações entre vizinhos, dando voz às suas ideias e aspirações para tornar os bairros mais felizes. As causas podem ser inscritas por grupos de vizinhos e também entidades locais, sendo depois seleccionadas duas finalistas para serem votadas, em cada loja, pela população.

Para o Pingo Doce, o bairro de cada um, mesmo nos grandes centros urbanos, é uma extensão da sua casa. Representa a sua vizinhança, uma espécie de família alargada da qual as lojas Pingo Doce fazem parte há 40 anos. Ao longo destes anos, o Pingo Doce assistiu ao desenvolvimento dos bairros, às mudanças geracionais, ao nascimento de diversas instituições locais, e a toda a evolução de uma vida que respira comunidade e proximidade, sendo as suas lojas uma espécie de testemunho do que “por ali se tem passado”.

E se é um testemunho de uma história com 40 anos, o Pingo Doce tem a certeza que quer ser parte activa dos próximos capítulos destas comunidades.

«Foi neste contexto que surgiu, com naturalidade, o Programa “Bairro Feliz”. A relação com a vizinhança não se cinge ao espaço físico das nossas lojas», explica Filipa Pimentel, directora de Desenvolvimento Sustentável e Impacto Local do Pingo Doce, destacando também o trabalho da insígnia desenvolvido «há vários anos com mais de 300 instituições locais, que desempenham um papel fundamental na comunidade, apoiando as famílias e os grupos mais vulneráveis».

Após duas edições na região norte de Portugal, que confirmaram a enorme receptividade por parte da população ao programa, o Pingo Doce lançou este ano a primeira edição nacional, abrangendo o território de Portugal Continental e Região Autónoma da Madeira.

 

COMO FUNCIONA?

As causas para o “Bairro Feliz” podem ser inscritas por entidades várias ou vizinhos (em grupos de cinco). Os temas das candidaturas são variados, desde saúde e bem-estar, ambiente, desporto, educação, lazer e cultura ou causa animal. «A riqueza de temas que nos chegam retrata bem o que são os bairros, são tudo isto», adianta Filipa Pimentel.

As candidaturas são feitas online, cabendo a um grupo de jurados das mais diferentes áreas e regiões do País seleccionar as duas propostas finalistas (por loja). Estas são depois votadas pelos clientes através de uma “moeda Bairro Feliz”, que é colocada num recipiente destinado a cada uma das propostas. No final, os recipientes são pesados, ganhando a causa com mais peso em moedas. O voto popular é, assim, soberano. O apoio concedido pelo Pingo Doce a cada causa vencedora é, no máximo, de 1.000 euros.

 

MOMENTOS FELIZES POR TODO O PAÍS

Na edição deste ano, foram recebidas mais de 2000 inscrições, das quais mais de 850 foram a votação nas lojas Pingo Doce. No total, foram apoiadas 434 causas das mais diversas naturezas. Em Castelo de Vide, por exemplo, a Casa do Povo de Santo António das Areias inscreveu um pedido para adquirir materiais para criar um atelier de pintura para os seus utentes. O objectivo é promover o método de “ArteTerapia”, que permite desenvolver a criatividade e aumentar o bem-estar físico e mental. Com o slogan “Rejuvenescer com Arte”, a pintura vai potenciar ainda novas aptidões na manutenção dos materiais e na execução de técnicas artísticas, estimulando a memória. Esta causa foi seleccionada pelo júri e esteve em votação na loja daquela localidade e o grupo de idosos, juntamente com a equipa da Casa do Povo, recriaram uma mini-loja Pingo Doce nas suas instalações, fez um teatro e sessão fotográfica com os utentes para publicar nas redes sociais e fazer uma campanha de apelo ao voto. Esta causa acabou por ser eleita a vencedora.

No bairro de Alcântara, Lisboa, ganhou a causa do Centro Social e Paroquial de Alcântara, que, com 880 euros, vai instalar internet Wi-Fi e providenciar equipamentos para combater o isolamento social dos seus utentes do centro de dia. Já na Póvoa de Varzim, o projecto vencedor foi uma proposta de um grupo de vizinhos com conhecimentos de engenharia, que se destina à criação de kits didácticos adaptados a crianças e jovens com necessidades educativas especiais.

Em Braga, uma das lojas Pingo Doce do distrito apoiou a aquisição de novos equipamentos e materiais para enriquecer o espaço exterior da Fundação Bomfim, que tem como objectivo trazer novas e melhores oportunidades de brincadeira para as crianças. Já em Beja, uma das lojas desta zona premiou um projecto que prevê a aquisição de equipamentos para um parque infantil, que tem como objectivo promover junto das crianças uma visão positiva sobre a importância da actividade física.

Outros exemplos de causas vencedoras são a realização de sessões de musicoterapia, eleita no Pingo Doce de Faro, que tem como objectivo promover a reabilitação psicossocial dos utentes da Associação de Saúde Mental do Algarve (ASMAL), e o fornecimento de ração para a Sociedade Protectora dos Animais Domésticos do Funchal, eleita no Pingo Doce da Anadia, Madeira, que tem como propósito alimentar diariamente mais de duas centenas de cães e gatos que a instituição acolhe.

 

O FUTURO DO “BAIRRO FELIZ”

«O propósito deste Programa não deixa dúvidas acerca da importância da sua continuidade. Numa altura em que no mundo inteiro, por força desta pandemia avassaladora e dos confinamentos que, durante meses, nos afastaram das nossas famílias e amigos, se reforçou a importância de estarmos próximos e atentos ao que nos rodeia, o “Bairro Feliz” ganha ainda mais sentido.» Quem o diz é Filipa Pimentel, que vai mais além e garante que este enquadramento veio fortalecer o espírito solidário e a disponibilidade para apoiar quem está perto e que, «por tudo isso, e porque queremos continuar a apoiar as comunidades onde estamos inseridos, acreditamos que um Bairro só é Feliz quando as pessoas se unem por boas causas e por um mesmo objectivo. E o Pingo Doce continuará com muito orgulho a ser o motor destas ligações, em prol do bem-estar da vizinhança».

O “Bairro Feliz” está ao alcance de todos – qualquer pessoa ou entidade pode inscrever uma causa que gostaria de concretizar no bairro – “e isso faz com que este Programa seja de todos, não havendo limite de ideias ou temas para promover a felicidade e o bem-estar. Desde as coisas mais simples, como o baloiço para o parque infantil, equipamentos desportivos para o ATL ou instrumentos musicais para a Escola, até às mesas e cadeiras novas para o refeitório do Centro de Dia, um equipamento para os Bombeiros locais ou apoiar uma criança do bairro que todos conhecem e que precisa de um tratamento especial e a família não tem as condições necessárias para assegurar isso. A escolha está nas mãos dos vizinhos, são eles que decidem que causa querem promover”.

Os portugueses, com o seu espírito solidário, aderem a estas iniciativas e a causas comuns, sendo solidários e atentos aos outros. «E se sempre foi importante olharmos uns pelos outros, agora mais do que nunca sentimos verdadeiramente a importância de cuidarmos uns dos outros, começando por quem está ao lado, não apenas as nossas famílias, mas quem vive aqui no prédio, no bairro, na vizinhança. Com quem nos cruzamos», afirma Filipa Pimentel. Através do “Bairro Feliz”, o Pingo Doce dá a oportunidade a quem quer fazer algo bom, de fazer a diferença de alguma forma no seu bairro, de o poder fazer. «É com emoção e orgulho que considero que, por tudo isto, o “Bairro Feliz” tem um valor muito maior que a soma das mais de 430 causas apoiadas em cada edição. Bairro a Bairro, causa a causa, a fazer Portugal mais feliz!», conclui Filipa.

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Sustentabilidade e Responsabilidade Social”, publicado na edição de Dezembro (n.º 305) da Marketeer.

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